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C
rimes bárbaros come-
tidos por adolescentes
com idade inferior a 16
anos ocupam espaço na mídia
brasileira. Jornais, revistas, ca-
nais de TV, emissoras de rádio
e redes sociais noticiam homi-
cídios e latrocínios (roubo se-
guido de morte) cujos autores
são jovens de 12 a 16 anos.
Fatos como estes têm reacen-
dido a polêmica sobre a redu-
ção da maioridade penal para
menores infratores. Pela lei,
a pena máxima a ser cumpri-
da por jovens com até 18 anos
incompletos é de três anos
de internação em instituição
especializada. Há também a
possibilidade de uma série de
medidas mais leves para casos
em que não haja ato infracio-
nal violento. De acordo com
recente levantamento da Se-
cretaria de Direitos Humanos
da Presidência da República,
de 2011, apenas 3,4% das pes-
soas privadas de liberdade no
Editora
NCA Comunicação
Jornalista responsável
Maria Isabel Ritzmann
MTB 5838
Redação
Ana Ferrarini
Heloisa Rego
Tatiana de Oliveira
Fotos
NCA Comunicação
Correspondência
Rua 24 de Maio, 1087
Fone/Fax 055 41 3333-8017
Distribuição
Digital
Projeto Gráfco,
Ilustração e Design
Marcelo Menezes Vianna
marcelo@mmvestudio.com.br
As opiniões expressas em
matérias ou artigos assinados são
de responsabilidade de
seus autores.
país são menores.
Entender o comportamento destes jovens é um desafo, porque
várias são as razões que levamumadolescente agir comtanta bru-
talidade. Especialistas que trabalham em instituição que abrigam
menores infratores avaliam que muitos têm um certo prazer em
realizar atos violentos. Outros cometem atos de crueldade para
conquistar espaço na sociedade e ganham até prestígio entre os
colegas. Existem ainda os fatores psicológicos e econômicos. En-
fm, nada justifca a violência, que a cada dia fca mais expressiva.
As opiniões sobre a redução da maioridade penal de 18 para 16
anos e mais rigor nas punições dividem famílias de vítimas de cri-
mes cometidos por menores, grupos sociais, juristas, psicólogos,
autores doutrinários, parlamentares. Propostas estão tramitando
na esfera legislativa e judiciária. No entanto, não se pode ignorar
a Constituição Federal, o Código Penal e o Estatuto da Criança e
do Adolescentes que já estabelecem punições para os menores
infratores.
Quem defende a redução da maioridade penal acredita que a me-
dida irá coibir a crescente criminalidade brasileira. E para quem é
contra, a responsabilização penal para 16 anos não vai provocar
mudanças signifcativas no atual panorama.
Enfm, uma das principais riquezas de um país reside na educação
do seu povo. E quanto maior esse investimento, maior será a ca-
pacidade das crianças e adolescentes em distinguir o certo e do
errado. Afnal, não se constrói cidadania sem responsabilidade.
Boa leitura!