Revista Ações Legais - page 46

ARTIGO
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Startups e a sobrevivência
pela ótica jurídica
A
segurança jurídica ainda é uma arma de so-
brevivência fundamental para o pequeno
empreendedor. Como adquirir e utilizar
este poder de fogo é a dificuldade que a maioria
não sobrepõe facilmente e por este motivo vê seu
sonho virando estatística de taxa de mortalidade
de startups.
Em recente pesquisa realizada pela CB Insights, ba-
seada em análise do pós-morte de startups, lista-
ram-se 20 principais motivos pelos quais startups
falham e morrem. Fazendo um corte metodológi-
co, podemos ressaltar: que 29% da mortalidade é
por falta de dinheiro, 18% precificação/custos, 13%
por desarmonia entre o time, 8% por desinteresse de investidores e 8% por assuntos
regulatórios/legais.
Somadas, as causas que podemos, direta ou indiretamente, conectar com o univer-
so jurídico, somam 76% dos motivos das mortes de startups. O desafio é garantir um
suporte jurídico de qualidade desde o início da vida da empresa. Considerando isso,
listei cinco diretrizes fundamentais para o empreendedor inicial:
1) Não procure um prestador de serviços, procurem um parceiro:
Seguindo os ditames da economia colaborativa e da startup enxuta, existem di-
versas opções no mercado de profissionais do segmento jurídico que não serão
somente prestadores de serviço, que trazem custos à operação do empreendedor,
mas também são sensíveis à acessibilidade desta startup ao escopo jurídico, têm
flexibilidade e ainda ajudam a pensar no modelo de negócios junto com o empresá-
rio iniciante.
Assim, não só a segurança jurídica das decisões será mais presente, como também
haverá possível redução de custos com eventuais serviços jurídicos, triviais a qual-
quer empresa.
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