Revista Ações Legais - page 84

ARTIGO
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A gestão de pessoas nas
empresas em recuperação
judicial
O
número de pedidos de recuperação judicial
no país atingiu 753 no primeiro semestre do
ano, uma alta de 9,7% na comparação com
igual período de 2017, conforme dados do Serasa
Experian. Empresas que recorrem a esta alternati-
va como forma de evitar a falência precisam manter
suas atividades, a fim de honrar com os compromis-
sos formalizados em seus planos de recuperação. É
umprocesso complexo que depende de uma de dedi-
cação extra dos colaboradores e, ao mesmo tempo,
implica na realização de cortes de pessoal. E como
conquistar o engajamento das equipes diante de tan-
tas incertezas e stress?
Corporações que recorrem à recuperação judicial –
que substitui a antiga concordata – ganham prazo de
180 dias para elaborar um plano de recuperação, o
qual depende da aprovação de credores que, duran-
te o período, têm de suspender suas cobranças. O
plano só será executado se a empresa mantiver suas
atividades.
A oferta de serviços e produtos num processo de
recuperação judicial deve se dar em patamares de
produtividade e competitividade superiores aos ne-
cessários em condições normais. O engajamento de
quem fica é fundamental. Obtê-lo num cenário em
que salários atrasam, colaboradores acumulam fun-
ções enquanto colegas são desligados e boatos circu-
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