Edson Vidal

E o Dinheiro Virou Purpurina!

Pois não há de ver que os políticos banalizaram até o valor do dinheiro? Não bastou para eles destruir o país, desmontar nossas esperanças e comprometer o futuro das próximas gerações de brasileirinhos? A ganância atingiu patamares tão altos que nos fizeram perder a exata noção do nosso salário. É verdade.

Volta e meia os noticiários da rádio e da TV só repetem que Fulano ganhou bilhões de reais especulando na bolsa, favorecido por informações privilegiadas; ou que Beltrano recebeu de propina centenas de milhares de reais; ou, ainda, que foi encontrada uma mala repleta de dólares, escondida na Caverna do Ali Babá! Até para “emprestar” a fim de suprir suas necessidades corriqueiras, o Aécio não se fez de rogado e “pediu” para um amigo dois milhões de reais! Pombas vá ter amigo desinteressado assim lá na China!

Ninguém que trabalha e vive de seu próprio sustento consegue obter em um banco comercial mais do que dez mil reais de empréstimo. Por quê? Porque quem empresta um dia vai ter que pagar, com juros e correção monetária. E com o salário que ganhamos dar um passo maior do que a perna é sinônima de insolvência civil.

O valor que essa gente da política tem na própria mente e quer ganhar, transcende a imaginação de qualquer pessoa normal. Parece que vivemos em um país dividido em dois mundos diferentes, com modos de vida e valores distintos: um da denominada camarilha política, onde todo o dia o dinheiro e a fartura pululam em forma de sonhos; e o outro mundo habitado por meros trabalhadores que vivem o pesadelo diário de lutar para sobreviver.

A propósito alguém já viu um político pobre? Um Ex-presidente com PHD ou analfabeto de pai e mãe, passar dificuldades? E um governador? Pelo contrário, todos estão muito bem de vida e com saúde de ferro. São intermináveis! E o pior de tudo é que eles quando colocam a cara na telinha da TV parecem anjos que desceram do céu para adoçar o sofrimento dos eleitores, exalam inocência e candura, são exemplos de honestidade e honradez.

E nós acreditamos! Na hora de votar escolhemos dentre os piores o mais amigo, o mais simpático, aquele que se lembra da data do nosso aniversário, que nos chama pelo nome, que sorri quando nos vê, mas que nunca está presente quando precisamos. É o mais invisível de todos os “amigos” que conhecemos. Gente, precisamos mudar para mudar o Brasil.

Não podemos viver em um mundo à parte, em que perdemos a noção e o valor do dinheiro. Não podemos ser ignorados como ratos, precisamos reagir e romper a barreira do som para dar um basta! Chega dos mesmos, das bandalheiras, das falcatruas, da demagogia barata e de corruptos oportunistas, precisamos de gente nova e ideias novas na política. O futuro está em nossas mãos e de mais ninguém, basta um só pingo de consciência!

“Político é como camaleão, muda de cor, mas não perde a vergonha. Ele sabe como enganar a boa-fé do eleitor. No mundo deles só milhões e no nosso só tostão. Que tal valorizarmos o nosso voto?”
Edson Vidal Pinto

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