Page 6 - 09

This is a SEO version of 09. Click here to view full version

« Previous Page Table of Contents Next Page »
namentos das formas mais surpreendentes e rápidas”, observou. Susten-
tou que não há tempo a perder e que a mudança passa, necessariamente
por uma reforma política, para que se redefna o sistema de fnanciamen-
to de campanha e se amplie o conceito de democracia participativa, sem
dar chances às legendas de aluguel criadas para servir de balcão a políticos
inescrupulosos.
O presidente nacional da OAB ressaltou que a sociedade deu um passo de-
cisivo no sentido da mudança ao exigir a aprovação da Lei Complemen-
tar 135/10 (mais conhecida como Lei da Ficha Limpa), cuja declaração de
constitucionalidade a OAB busca junto ao Supremo Tribunal Federal, dan-
do legitimidade ao clamor das ruas e ao sentimento da sociedade. “E que
sentimento é esse? De indignação diante de um sistema caduco, recheado
das práticas mais atrasadas de aliciamento de voto por falsos políticos cujo
único compromisso é apenas com aqueles que os fnanciam”, enfatizou.
Ao defender uma mudança imediata para sair do que chamou de “situação
democrática” e partir para uma democracia real, como valor universal, o
presidente da OAB afrmou que cabe aos homens públicos compreender a
mensagem que tem sido passada pela sociedade, de que deseja ética na po-
lítica. “Cabe aos homens públicos compreender a mensagem, sob pena de
perderem a fonte de sua legitimidade e colocarem em risco a credibilidade
das instituições republicanas”.
Para Ophir Cavalcante, se o sentimento da sociedade não for compreendi-
do, o modelo eleitoral e político vigente irão ruir, necessariamente levando
os legisladores a formular outro que refita, democraticamente, essa vonta-
de da sociedade. “Se pensam os governantes de plantão que a protegê-los
está a capa de uma democracia corroída por dentro, servem de alerta as pa-
lavras escritas por jovens durante uma manifestação na Espanha: “Se não
nos deixarem sonhar, não os deixaremos dormir”.
Ohpir Cavalcante acredita que mudar é preciso. “A luta ainda não acabou,
pois temos desigualdades a presidir as relações na sociedade. Cabe a nós,
advogados, o papel de identifcar e buscar a diminuição usando a mais uni-
versal das armas, e por isso a mais forte: a palavra. Avante advogados e ad-
vogadas brasileiros. Avente OAB”, conclamou.
Ophir Cavalcante abre a XXI Conferência Nacional dos Advogados no Teatro Positivo