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tes, mas na defesa de todos, pois sabemos que ainda a violação dos direitos de todos
é constante”, disse a advogada.
Na análise do presidente da Comissão de Direitos Humanos da Seccional, José Carlos Cal
Garcia Filho, a Declaração dos Direitos Humanos ainda precisa ser incorporada na norma-
tiva do direito brasileiro. “Temos que buscar essa normatividade das declarações e trata-
dos de direitos humanos na justiça brasileira, o que ainda é tímido”, comentou Cal Garcia.
O primeiro palestrante do evento, o jurista Clèmerson Mèrlins Cleve, iniciou sua fala
lembrando que naquele momento cerca de 100 líderes mundiais estavam na África do
Sul participando da solenidade de despedida e homenagem ao ex-presidente sul-afri-
cano, Nelson Mandela. “Mandela representa o que imaginamos ser um ser humano
completo, generoso, pelo legado que deixa, que viveu a vida intensamente e capaz
de perdoar aqueles que cometeram atrocidades na África do Sul”, comentou. A atu-
ação do líder sul-africano também foi lembrada pelo presidente da Seccional e pelo
jurista Geraldo Prado.
Clèmerson Clève e Geraldo Prado abordaram o tema “65 anos após: balanço históri-
co e legado da declaração universal dos Direitos Humanos”. Clève afirmou ver hoje
que a consciência de propósitos de constitucionalidade de direitos está crescendo no
Brasil. “É preciso sensibilizar a sociedade sobre essas questões, inclusive dos presos
no Brasil que estão em verdadeiros depósitos, com ofensas gritantes aos direitos dos
seres humanos”, disse o jurista, em um dos trechos de sua palestra. Ele também fez