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cia, o perfl dos clientes e as áreas que estão em expansão e que representavam novas
oportunidades de negócios.
O gestor legal, dentre muitas de suas missões, concentra especial atenção às pessoas,
considerando-as como ativo de relevante importância nos escritórios jurídicos; organi-
zando suas relações, crescimento, premiações, sucessões e trabalhos.
Um dos fatores de alta rotatividade nas bancas, especialmente na atualidade, é a falta de
uma gestão compatível com os anseios de seus profssionais, que não vislumbram cresci-
mento profssional, boas condições de trabalho e escassez de tecnologia.
Grande parte dos escritórios valoriza apenas o trabalho dos advogados, em detrimento
do administrativo, que tem vital importância nas atividades diárias.
O gerenciamento efciente das atividades internas dará o devido suporte aos advogados,
liberando-os para a prática da advocacia e a devida atenção ao cliente.
Oaumento da produtividade jurídica é consequência de rotinas bemestruturadas e defnidas.
Contudo, o gestor legal não poderá prescindir do pilar da produção. A qualidade está in-
trínseca na organização jurídica. Criar mecanismos de segurança para o controle de pra-
zos e distribuir atividades que assegurem a qualidade e celeridade de informações são
fundamentais.
Talvez um dos pontos mais nevrálgicos na Gestão Legal seja o Marketing Jurídico.
Dadas as devidas restrições do Código de Ética e Disciplina da OAB, muitas bancas temem
implementar as estratégias de comunicação.
A sustentação da marca jurídica no curto, médio e longo prazo dar-se-á com o Marketing
Jurídico que, por meio de diferentes estratégias, infuenciará a percepção dos clientes
quanto à reputação e reconhecimento da banca.
Na estratégia de marketing será preciso defnir três objetivos: como prospectar clientes,
como conquistá-los e, ainda, como preservar um relacionamento duradouro.
Bem como todas as demais áreas exigem capacidade administrativa e organizacional,
não poderíamos deixar de citar a fnanceira.
O Gestor Legal assegurará a gestão e controle de custos, os resultados mensais e a pro-
jeção de caixa, elaborando demonstrativos e relatórios que permitirão aos sócios uma
análise de futuros investimentos.
A ciência da administração sugere hoje diversos instrumentos e métodos que possibili-
tam uma gestão efciente. A solução para tantos e diferentes problemas está na correta
utilização desses instrumentos, tendo em vista o planejamento estratégico e as necessi-
dades dos clientes.
O cumprimento de prazos, a superação de desafos e o atingimento das metas não seriam
possíveis sem uma gestão inteligente. É ela quem otimiza o aproveitamento dos recur-
sos; facilitando a tomada de decisões, melhorando a produtividade e lucratividade dos
escritórios.
Somente perpetuarão aqueles que oferecerem aos seus clientes, além do conhecimento
jurídico, as melhores técnicas de gestão, aliando ao Direito, as técnicas de Administração,
Economia e Marketing.
A mudança é mais que necessária e urgente.
Essa condição é imposta pelo próprio mercado e pelos clientes que, indiretamente, ditam
as práticas de administração.
É uma questão de sobrevivência, essencial para quem atua em um mercado exigente e
altamente competitivo.
Quando a gestão é efciente e bem planejada, possibilita ao escritório desenvolver espe-
cialidades capazes de absorver oportunidades de mercado, blindando-o das instabilida-
des internas e externas.
Saber gerenciar, administrar e organizar um escritório é tão importante quanto elaborar
excelentes peças ou acompanhar o andamento dos processos.
A melhor forma de combater a crise, a alta competição e os refexos da globalização será
por meio da gestão racional.
O tempo da advocacia romântica fcou para traz.
Hoje a advocacia é um negócio promissor.
Débora Pappalardo, administradora de
empresas e pós-graduada em Gestão
Financeira e Gestão de RH e Psicologia
Organizacional