5ª Conferência sobre equidade de gênero encerra ciclo de encontros em todas as regiões do país
Emoção, empoderamento feminino e união marcaram o último dia da 5ª Conferência Regional das Procuradoras e Promotoras de Justiça da Região Sul, no dia 29 de junho, em Bento Gonçalves-RS
O encontro encerra um ciclo de cinco conferências realizadas em todas as regiões do Brasil, com o objetivo de debater iniciativas e ações que visam à equidade de gênero em cargos de liderança no âmbito do Ministério Público brasileiro.Emoção, empoderamento feminino e união marcaram o último dia da 5ª Conferência Regional das Procuradoras e Promotoras de Justiça da Região Sul, no dia 29 de junho, em Bento Gonçalves-RS. O encontro encerra um ciclo de cinco conferências realizadas em todas as regiões do Brasil, com o objetivo de debater iniciativas e ações que visam à equidade de gênero em cargos de liderança no âmbito do Ministério Público brasileiro.
No encerramento, a presidente do CNMP e procuradora-geral da República, Raquel Dodge, disse estar grata e emocionada ao ter concretizado, em cinco meses, a realização das conferências em cada região brasileira. “Esse ciclo de debates foi intenso e inédito, além de desafiador em vários aspectos. A ideia de promover as conferências é parte do meu compromisso como procuradora-geral da República: o de fortalecer a nossa instituição em face de várias resistências”, afirmou.Dodge destacou que, ao longo dos 21 meses de sua gestão, a pauta da equidade de gênero foi além do âmbito das associações e tornou-se institucional.
“Fortalecer o Ministério Público, para mim, depende do fortalecimento da presença das mulheres na nossa instituição. E fortalecer a presença das mulheres não significa dar a elas uma posição além do que lhe é devida”. Para ela, reforçar a posição feminina dentro da instituição e perante a sociedade é fazer cumprir os direitos constitucionais de dignidade humana e de igualdade de direitos. “Promover equidade significa prestar um serviço público melhor para o país, para o cidadão brasileiro; significa lutar contra a desigualdade, a opressão e a injustiça”, destacou.
Integrante da comissão organizadora das Conferências, a secretária de Direitos Humanos e Defesa Coletiva do CNMP, Ivana Farina, afirmou que os encontros foram verdadeiros espaços de debates e de reflexões. “Espero que todas essas ações e propostas sirvam para o nosso aprimoramento institucional. Que possamos fazer uso dessas oportunidades inéditas no MP brasileiro”, ressaltou.
Já o diretor-geral da Escola Superior do Ministério Público da União (ESMPU), João Akira, salientou a importância de as mulheres integrantes do MP se unirem e fortalecerem a instituição para que, de fato, ela seja transformadora da realidade social. “Ouvir relatos e perceber o que sofrem e o que passam mulheres, que, por já serem promotoras ou procuradoras de Justiça, podem ser consideradas empoderadas na sociedade, nos dá a dimensão do que passam aquelas que não estão nesses lugares que ocupamos”, destacou. A ESMPU foi parceira ao longo de todo o projeto, auxiliando na metodologia pedagógica dos encontros.
Painel Temático – Percepção Feminina sobre equidade de gênero
Em painel conduzido pela presidente do CNMP, Raquel Dodge, três integrantes de Ministérios Públicos estaduais da Região Sul e especialista portuguesa em direitos humanos compartilharam estudos sobre equidade de gênero, além de percepções e dificuldades enfrentadas ao longo das carreiras.
Participaram do painel a advogada portuguesa e mestre em Direitos Humanos Antónia Barradas, a procuradora de Justiça do MP/PR Monica Louise de Azevedo, a procuradora de Justiça do MP/RS Silvia Cappelli e a promotora de Justiça do MP/SC Chimelly Louise Marcon.
Plenária final
Após o painel, foi realizada a plenária final, em que as participantes debateram e aprovaram as propostas apresentadas durante a realização de oficinas temáticas. Ao todo, foram aprovadas mais de 25 propostas que tratam de questões relativas a ingresso, permanência e movimentação na carreira, além de condições de trabalho, gênero e família e liderança.
As participantes foram convidadas, ainda, a avaliar se o encontro alcançou os resultados pretendidos. Por unanimidade, todas responderam que sim, que a conferência alterou a percepção de cada uma delas sobre as questões de gênero, promovendo a reflexão e a troca de experiências.