Vencendo Barreiras.
É fácil criticar e desmerecer o esforço daqueles que são eleitos para cargos majoritários (Presidente, Governadores e Prefeitos) quando anunciam os nomes de seus principais colaboradores; pessoas escolhidas para assessorar e auxiliar politicamente o Chefe do Executivo na planificação e execução das políticas públicas.
A tarefa de escolher nomes para compor a equipe é sempre ingrata pelo receio de futuras frustrações. E como existe no conceito popular de que ninguém governa sozinho o futuro mandatário tem sempre que aturar as indicações dos companheiros de campanha e dos caciques das siglas ou colisões partidárias que ajudaram na vitória das urnas.
Daí a Administração Pública fica uma colcha de retalhos com Ministros e secretários com ambições próprias, gostos diferenciados e de perigosas condutas ocultas. É a chamada acomodação para permitir a governabilidade.
E o pior é quando os nomes indicados e aceitos não são apenas entraves como também notórios ranços da pior politicalha. No Paraná esta prática também tem sido adotada pelos eleitos, sendo que o penúltimo governador em razão da má escolha para assessora-lo, levou a pior. Está preso sob a suspeita de corrupto e com o futuro político sepultado.
Pensando em hipótese e no miúdo: suponha o leitor que você tenha sido eleito para governar um estado e tenha que pensar nos nomes de seus futuros colaboradores e ao mesmo tempo conciliar com as indicações de terceiros, os alicerces de seu Governo. Com certeza não será tarefa fácil.
Nomes indesejáveis serão digeridos e outros de melhores predicados serão rifados. Como então governar? Eis o xis da questão. Com certeza a sua cabeça será um fervedouro e vai doer sem parar. Aí começa a angústia do governante bem intencionado de poder gerir da melhor forma possível a sua Administração. Pois é, só que nesta esparrela o Bolsonaro não caiu.
Ele foi eleito por partidos nanicos e com os votos de seus eleitores, conseguindo com isto romper com o antigo modelo nefasto de lotear os cargos de auxiliares, pois teve ampla liberdade de nomear nos Ministérios as pessoas que bem quis, partilhando entre civis fardados ou não.
Portanto está absoluto e com as rédeas do governo nas mãos. As eventuais dores de cabeça poderão ser por motivos diversos, mas nunca pela falta de critério na escolha de seus colaboradores. E na hipótese de um destes não corresponder basta exonerar e substituir por outro, nada mais.
Outra iniciativa louvável foi acabar com ”toma lá, dá cá“, dando um chega para lá nos parlamentares que não poderão mais barganhar benesses em troca de votos para aprovarem Emendas Constitucionais e Projetos de Lei.
Tal como está acontecendo com a Reforma da Previdência que foi entregue nas mãos de deputados federais e senadores para estudo, adequação e solução final. O governo fez sua parte, cabe ao Parlamento destrinchar o abacaxi. Outra iniciativa digna de aplausos foi o Presidente levar sua esposa para uma sessão matinal de cinema. Era dia útil, mas e daí? Para quem governa e não tem sábado, domingo e feriado para se dedicar à família não são duas horas de lazer que vai tirar o país da sua rota. Critica quem tem o gosto de criticar, nada mais.
Enfim, depois de décadas estamos assistindo um Governo com um Presidente da República diferente, gente como a gente, com hábitos familiares e com a régua, esquadro e compasso nas mãos para elaborar e traçar a rota que o país tanto precisa.
E pelo jeito os políticos estão entendendo com certa resistência a nova mensagem; falta a Imprensa fazer a “mea culpa” e os eleitores que elegeram o Presidente ter a indispensável paciência e continuar acreditando em dias melhores. E que a dose de enxaquecas fique apenas rondando nas cabeças daqueles que torcem pelo pior como aves de mau agouro e que não querem um Brasil para os brasileiros!
“A nova forma de governar está colocada na mesa. Linhas traçadas para tirar o país da ruína. E para dar certo é preciso um passo de cada vez, recuando às vezes, mas sem perder a meta da moralidade. A tarefa de unir o povo ao redor de uma só bandeira é mera questão de tempo”.
Edson Vidal Pinto