Escrever? Como, Sem Ser Censurado? Sobre o que Ocorre Entre Os Impolutos Ministros do STF e de seus Familiares? Nunca Escreverei, Jamais!
Título longo para homenagear um regime de exceção imposto por um Tribunal de Pau a Pique. Eu nunca vi um país sob a auréola de ser um Estado Democrático de Direito amargar a censura do sagrado direito de opinião e de reproduzir fatos que são verdades sabidas.
E o pior: tudo reflexo de um ato do Presidente do STF baseado em artigo do Regimento Interno da Corte, que sob a sua ótica de jurista e de seu escudeiro Moraes se sobrepõe a Constituição Federal do Brasil. Será um Tribunal sui generis, pois seus integrantes são vítimas, polícias, Promotores e Juízes tudo ao mesmo tempo, uma farsa burlesca sem precedentes.
E quem se atrever a escrever e criticar sofrerá a censura devida. Por sorte enquanto eu redigia esta crônica recebi em minha casa a figura telúrica de Nostradamus, um ser místico e misterioso que aparece quando menos se espera; pelo menos apareceu para mim.
- Você tem uma previsão para dizer o que está acontecendo com o STF?
- Foi à pergunta que fiz sem titubear.
O velho adivinho e cheio de premonições pensaram um pouco e com maestria usou de parábolas, para também não ser censurado:
- No castelo de onze coringas, todos vestidos de capas pretas, tem muito ouro e favores que pesam na hora da cobrança.
- Todos no mesmo balaio de gatos? - perguntei.
- Nem todos, mas a maioria: uns por tráfico de influências e proteção prestada aos príncipes, e o líder por ser amigo do amigo do pai de quem dá propinas. Entendeu?
- Estou querendo interpretar esta “centúria”.
- Vou continuar: o Coringa Chefe com medo de ser defenestrado do cargo e preso junto com seu padrinho Jararaca, nomeou o Coringa que chegou por último para azedar a vida dos que usam e abusam da mídia para dizer a verdade. Entendeu?
- Ainda está confuso...
- Vou ser mais explícito - disse Nostradamus.
- O direito de opinião foi colocado dentro de um moedor de carne e virou saudades.
Ele não existe mais, graças a um documento escrito para reger as normas de procedimento da Corte de Coringas, que tomou ares de lei que está acima da Constituição!
- E o escudeiro? - quis saber.
- Ah! Aquele que pateticamente está cumprindo as ordens? Pois é; ele é o xerife, acusador e carrasco como aquele outro, o Tomaz de Torquemada do tempo da inquisição. Lembra-se dele? Pois é, igualzinho!
- Então estamos na escuridão da ditadura do Poder Judiciário?
- Prefiro dizer na negritude de um Templo de Themis, onde os onze vestais dilaceram a ordem jurídica e transformam gângster em heróis e a segurança jurídica num tormentoso conjunto de entulhos.
- Pode, por favor, ser mais explícito ainda?
- Necas, não quero ser censurado; quem entender minhas parábolas com certeza saberá o que previ. Adeus, homem de poucas luzes!
E Nostradamus me deixou com minhas dúvidas e temores.
- Será que por escrever esta crônica serei censurado? Vou perder o privilégio de escrever todos os dias? Espero que o Moraes não leia o que está escrito, pois ele é um homem do balacobaco, pois gosta de fazer “barracos”. Mas se o Toffoli ler nem fico preocupado, ele não é de ler muita coisa, e com certeza nem sabe quem foi Nostradamus...
“Rir na hora da desgraça é a farsa perfeita para não cair em depressão. Nunca no Brasil um Corte de Juízes fez tantas trapalhadas e protagonizou exemplos de grosserias, como estão fazendo os atuais agentes do STF. E Não é Fake News é uma triste constatação!”
Edson Vidal Pinto