Chutando Bola!
E de repente caíram bolas para todos os lados; um festival delas que vieram do alto; evidente que não se trata do início da “Copa América” que terá a participação da Seleção de Futebol do Brasil do soberbo técnico Tite e seus jogadores deslumbrados, que transformaram o futebol arte em espetáculos pífios e sem brilho.
Estou me referindo as “bolotas de gelo” que caíram do céu em quantidade anormal. A chuva de granizo com raios causou estragos na cidade, enchentes e danificou residências.
Vi, com estes olhos que a terra há de comer, que um transeunte ao deparar com uma bola caindo em sua direção, de inopino, “matou” a mesma no peito e com o pé direito deu um chute que fez o gelo se dissolver no ar. E outro ao invés de chutar a “bola” caiu no solo molhado e rolou para todos os lados.
Eu fiquei atônito, ele quando me viu disse sem jeito:
- Estou brincando de Neymar!
Dei risada. Mas na verdade a tempestade foi lamentável. Claro que é imprevisível, mas deixa prejuízos e rastros de morte. E a desgraça é a falta de solidariedade dos proprietários de empresas que comercializam lonas e materiais plásticos, próprios para colocar provisoriamente em telhados danificados, que se aproveitaram da calamidade pública e injustificadamente aumentaram os preços destas mercadorias. São os mercenários de ocasião, participantes de elenco de gente que faz do drama alheio fonte de lucro.
A solidariedade está se tornando uma palavra morta no dicionário dos brasileiros. A sociedade além de dividida pela ideologia nefasta, também está perdendo o senso de amor ao próximo. Falam tanto em Estado laico que até os símbolos religiosos foram retirados das vistas do público para ninguém se lembrar D’Ele.
E aos poucos estamos embrutecendo, somos toda a mais “pedra bruta”, sem um mínimo polimento e por isto banalizamos a vida, a morte, o patrimônio alheio e nos tornamos num poço de egoísmo.
Nos EEUU impera o patriotismo e o culto da fé; e por aqui um simples contingenciamento de verbas para as Universidades Publica, está se prestando para protestos destemperados, regidos por estudantes prevalecidos pela gratuidade de seus estudos e da intolerância de alguns professores, cegos por ideias obtusas.
A sociedade brasileira está doente. Com tamanha indiferença aos destinos da Pátria é difícil acreditar em uma saída para a crise em que estamos atolados até o pescoço. É pena que o gelo que caiu não serviu para refrescar a cabeça dos incautos, nem dos que são do “contra” sem saber por que, e nem dos gananciosos que fazem da corrupção seu mote de vida. E para dar um basta à isto só mesmo falando a verdade e pregando honestidade; pois a turma do “contra” não resiste tamanha “safadeza”...
“A sociedade brasileira está dividida e doente. A intolerância avança e a falta de vergonha também. Urge repensar uma saída. A fórmula ideal é falar a verdade e pregar honestidade. Duas palavras preciosas e capazes de mudar a forma de pensar e agir de um povo!”
Edson Vidal Pinto