O Xerife do Rio.
Não existe Segurança Pública sem remunerar condignamente os policiais, adquirir logística, aumenta de efetivo e disciplina.
Qualquer outra fórmula de pura magia é mero engodo; - porque construir uma “cidade da polícia” para reunir repartições, planificações e inteligência sem o devido apoio às Instituições Policiais e resguardo nas ações daqueles que estão na linha de fogo ou caçando bandido, não passa de mera cortina de fumaça para esconder onde reside o problema.
O policial sem reconhecimento, sem resguardo à sua própria família, sem estrutura para combater o crime e sujeito a censura precipitada da crítica pela ação desenvolvida, nada produz com medo de sofrer represálias. Isto não quer dizer que se devam fechar os olhos para excessos e muito menos para condutas dolosas.
Apenas que eventual punição ocorra após efetiva constatação e não por simples e precipitadas opiniões de aparência. A palavra do policial deve sempre merecer crédito, até prova em contrário. Esta adequação comportamental objetiva valorizar e distinguir o policial do marginal e do jornalista.
Quanto à logística ela é cara, pois o crime é sofisticado e caro, para combatê-lo o Estado tem que dispensar recursos na proporção dos ataques que sofre e que põe em risco a população. Tostões não se prestam para combater milhões.
Claro que é ônus do governante, dos Secretários de Segurança Pública, Planejamento e da Fazenda encetar esforços para suprir economicamente a área da segurança. E por que escrever sobre isto? Porque no Rio de Janeiro o governador tem prestigiado muito as atividades de seus policiais Civis e militares, que sabidamente estão combatendo um bom combate contra os mais perigosos marginais.
Lá mais nenhum policial tem medo de atirar porque está protegido pelo Governador, pois este como ex-Juiz Federal sabe muito bem avaliar a real angústia de quem está colocando em risco a própria vida para proteger a sociedade. Enquanto que aqui no Paraná o amadorismo daqueles que são responsáveis pela Segurança Pública se escancara, tanto é verdade que a criminalidade aumentou. Basta ouvir as notícias diárias de ocorrências policiais.
O governador Ratinho viajou para os Estados Unidos para conhecer prisões e se já voltou não disse nada do que viu e o que pretende fazer. E só conversar não adianta nada. Enquanto o Ministério Público Federal aventa sem nenhuma base lógica a não ser ideológica para desmilitarizar a Polícia Militar, contrariando a firmação e história desta Instituição, o governador Witzel declarou publicamente sua contrariedade com tal pretensão enquanto por aqui nenhuma voz se fez ouvir.
É difícil fazer segurança pública escondendo o rosto e sem voz de comando; e a população é que fique à mercê da violência na espera de poder ser a próxima vítima...
“Em nosso estado ninguém duvida que o erário público está exaurido e que o Governo se esforça para manter as aparências. A saúde, educação e a segurança pública estão à míngua. Encontrar soluções para reverter os problemas é tarefa que exige firmeza, criatividade e planejamento. E sozinho ninguém consegue se não tiver ao lado uma equipe capaz e calejada de enfrentar adversidades!”
Edson Vidal Pinto