Falta de Patriotismo
As vezes fico pensando se o nosso povo é insensível quando vê uma bandeira do Brasil hasteada em prédio público ou quando canta o Hino Nacional em um estádio de futebol -, sim, porque ninguém olha para reverenciar a nossa bandeira e quem está conversando ou sentado não fica respeitosamente em pé para ouvir o nosso hino.
Aliás, quanto a este, a maioria dos milhões de brasileiros não sabe a letra correta e nem se interessa em querer saber. Mas sabe de cor e salteado a letra e música do seu time de futebol ou da última canção da Anitta. Não valorizamos o que é nosso e nem damos importância aos grandes fatos de nossa história. Dizem que infelizmente o nosso país foi colonizado por portugueses, o mais pobre dos reinos da Europa, e com eles nada aprendemos de bom. Ledo engano. Os portugueses e os espanhóis na época dos descobrimentos foram os reinos mais ricos, arrojados e empreendedores.
Quando a família real se instalou no Brasil para fugir das tropas de Napoleão e trouxe a Corte portuguesa, foi um episódio marcante que engrandeceu e deu grande impulso ao país, com D. João implantando um modelo econômico e projetos de importância. E da época do império até os nossos dias de República, a maior figura pública de nossa história foi D. Pedro II, o mais brasileiro dos brasileiros, que amou o Brasil como poucos foi diligente, criativo, buscou a integração territorial e incrementou os alicerces necessários para o nosso progresso com rodovias e ferrovias, expansão cafeeira, criação do Instituto Geográfico e Histórico, pacificou politicamente o país e propiciou que pessoas comuns pudessem estudar na Europa.
No entanto os historiadores foram jocosos ao retratarem nos seus livros as figuras da monarquia, mostrando a indolência, a indumentária rendada e remedada como estigmas dos portugueses. Claro que todos os impérios que tinham suas colônias além-mar queriam as riquezas em primeiro lugar e a colonização ficava em segundo plano. Também foi assim na América do Norte, na Austrália e no continente africano e em tantos outros lugares dominados e colonizados. Mas em quase todos eles, inclusive entre alguns vizinhos da América do Sul, a Pátria e seus símbolos são reverenciados e ninguém ousa queimar em público a bandeira nacional.
Diferente daqui. Na época leviana do governo petista qualquer algazarra de rua promovida pelos sindicatos e partidos de esquerda, era motivo para queimar o Pavilhão Nacional, cuspir e inclusive pisotear. E tudo consentido em nome da liberdade de expressão e do sagrado direito de ser anárquico. E tinham aqueles que assistiam aquelas cenas e deliravam na maionese ideológica. Nos EEUU o soldado que chega do Iraque e atravessa os corredores do aeroporto pátrio é respeitosamente recebido com aplausos pelos demais passageiros que estão na sala de espera. Presenciei isto no aeroporto de Dallas - Texas, com velhos indígenas e suas famílias aplaudindo freneticamente seus heróis.
E nós aqui cultuamos e damos ouvidos a Gil, Caetano, Huck, Willys, Maria do Rosário, Lula, Dilma, FHC, Pablo Vittar e tantos outros “heróis” que nos representam e falam por nós até no exterior. É claro que nosso patriotismo é do “Fundo do Quintal” ou do “Big Brother Brasil”. E a Rede Globo ao tempo que tenta ridicularizar o governo federal procura desviar a atenção dos incautos do que de bom esta está sendo feito, despertando a polêmica nacional de um pseudo assédio sexual ocorrido no BBB, antro de um programa televisivo do mais baixo nível moral e com participantes de igual bagagem.
Daí, forçoso reconhecer, que sem EDUCAÇÃO e CULTURA está difícil o país resgatar o patriotismo e os valores; e não está na gaiatice do “presidente paralelo” Zé de Abreu e nem na postura “dos contras”, que se avizinha a magia de uma solução...
“A democracia é um regime que permite a convivência entre os contrários. Mas ela tem regras que se sustentam no Império da Lei. Os Símbolos da Pátria devem ser respeitados, de igual o civismo. Estes não comportam disputas e nem ódio, pois são a própria essência do Estado Democrático de Direito”.
Edson Vidal Pinto