Edson Vidal

A desordem na ordem ou a ordem na desordem?

E tudo acontece de noite. Um ponto turístico como o Largo da Ordem deveria merecer a devida atenção do poder público para garantir a segurança de turistas e pedestres. E no carnaval como é  ponto de partida de grupos de foliões, servindo de abrigo para tribos de pessoas oriundas das periferias, com bares para vendas de bebidas alcoólicas, roda de fumaça e ponto de encontro do MST em uma das bodegas do lugar com bandeiras do movimento e tudo mais, é uma parte doente da cidade. E tudo acontece de noite.

Um ponto turístico como o Largo da Ordem deveria merecer a devida atenção do poder público para garantir a segurança de turistas e pedestres. E no carnaval como é  ponto de partida de grupos de foliões, servindo de abrigo para tribos de pessoas oriundas das periferias, com bares para vendas de bebidas alcoólicas, roda de fumaça e ponto de encontro do MST em uma das bodegas do lugar com bandeiras do movimento e tudo mais, é uma parte doente da cidade. 

É óbvio que dito logradouro público é um estopim do que possa acontecer de pior. E só não enxerga quem não quer ver. Basta passar de carro pelas mediações para sentir o clima pesado pela péssima frequência de seus habitués, que ficam horas sentados nas cadeiras colocadas nas calçadas pelos proprietários dos estabelecimentos ou de pé na via pública, atrapalhando o tráfego de veículos. E andar nas imediações sem estar acompanhado, nem pensar. Mesmo sendo uma tragédia anunciada, duas noites de carnaval, foi palco de vandalismo e quebra-quebra. 

A Guarda Municipal com efetivo insipiente não pode evitar a balbúrdia. Cenas lamentáveis de uma Curitiba que aos poucos vai se revelando tão insegura como as demais capitais do país. A falta de estratégia e de planejamento na área da Segurança Pública e principalmente a omissão de um Governador sem voz e nem atitudes, está colocando a população em risco e a mercê da violência.

E o pior. Ele tem ouvidos  de mercador porque não lhe interessa saber a verdade do que está ocorrendo além dos tapetes vermelhos do Palácio Iguaçu; sempre na defensiva  e ouvindo quem não deveria ouvir, está jogando sua vida política no ralo. 

Eu votei no Ratinho acreditando na força de sua juventude e também por não ter melhor opção de escolha. E nas crônicas que escrevi como cidadão, imaginei que ele pudesse se cercar de pessoas experientes para assessora-lo, porém, estou convencido que quebrei a cara. Se em um ano o governador preferiu mais viajar às custas do erário público do que administrar com competência e lealdade o Estado do Paraná, deu provas suficientes que até o término do seu mandato o governo será amorfo e sem melhores luzes. 

O que aconteceu no Largo da Ordem é prova cabal do descaso e imprevidência da Secretaria de Segurança Pública, pois a criminalidade se alastra a passos largos por todas as cidades. E depois que ocorrer tiroteios e matanças que não venham as ONGs de Direitos Humanos orquestrar calúnias contra os Policiais Civis, Militares e Guardas Municipais, esquecendo de propósito que o principal culpado é aquele que deveria administrar o Estado e finge não saber de nada. Não é nada bom para a democracia que pessoas inescrupulosas façam das cidades e dos seus habitantes, alvos para suas frustrações e fracassos. E baderna pública deve ser reprimida pelos agentes da lei a qualquer custo, doa a quem doer. Daí, infelizmente, os inocentes acabam sendo vítimas e não só os pecadores...

“Episódio como o acontecido no logradouro público do Largo da Ordem é inaceitável em um país democrático. Ninguém tem o direito de transgredir a Lei sem a devida reprimenda legal. E o Governador não pode se omitir, e sim, exigir atitudes de seu Secretário de Segurança Pública, um ilustre desconhecido como tantos outros de sua pífia administração!”

Edson Vidal Pinto

Atenção: As opiniões dos nossos colunistas, não expressam necessáriamente as opiniões da Revista Ações Legais.