Edson Vidal

A nova ordem mundial?

Quando no mundo acadêmico da ciência os entendidos da área se arvoram em emitir opiniões sobre uma mesma doença só serve mesmo para gerar desinformação.  É isso que está ocorrendo com a pandemia do coronavírus. Tem “palpiteiros” para todos os gostos e soluções discrepantes, ficando tudo por conta do leigo em aceitar uma das versões como a mais plausível e que possa atender seus próprios interesses. Portanto muito palpite confunde e aterroriza. O momento é dos infectologistas aparecerem na mídia e darem seus veredictos; pena que seus pronunciamentos não são uniformes, com certeza por terem cursado escolas de medicina com professores diferentes. É o que dá com a pluralidade de faculdades e corpo discente desqualificado. 

E isso ocorre também, com maior gravidade, nos cursos superiores das demais ciências - principalmente do Direito - onde a meritocracia foi sepultada e os diplomas banalizados. Assim com o desencontro de informações científicas fica no imaginário das pessoas encontrar o caminho do “achólogo” para fugir do vírus chinês e ludibriar a morte. Este é o cenário do qual somos atores. Tentarei nesta crônica sem muito prumo fazer um apanhado realista dos acontecimentos. A verdade insofismável. 

O vírus está espalhado pelo mundo e está provado que ele pode matar as pessoas idosas e também jovens que estejam com seus organismos debilitados. Evidente que o instinto de preservação que é nato nos indivíduos gera o medo de morrer. A voz de alguns infectologistas. Quarentena absoluta. A voz de outros infectologistas. Quarentena apenas para aqueles que estiverem na “zona de risco”. 

A situação empresa, comércio, profissionais liberais e demais atividades não classificadas como prioritárias pelos governantes, estão à míngua com as portas fechadas e seus profissionais reclusos em casa. E os desobedientes. Sem muita clientela. Os políticos a favor do governo. Todos procurando se equilibrar entre o receio da expansão do vírus e a tímida defesa da economia para evitar danos maiores. Os políticos contra o governo. A ordem é tirar o povo das ruas e fechar tudo que produza. A imprensa marrom. A hora e a vez da notícia é o vírus, vale alarmar, criticar o governo, intimidar o povo e esquecer dos demais fatos do cotidiano. 

A imprensa sensata. Cuidado com o vírus. Os jornalistas socialistas. Com as decisões do governo federal a catástrofe é questão de dias. Os jornalistas moderados. A catástrofe não será tão danosa como anunciada, pois, a situação não chega a tanto. O governo. Combater o vírus com todas as armas, mas não olvidar da economia. Os do contra. Tomara que a situação fique pior. Os políticos prós e contras. Hora de cuidar das bases porque as eleições municipais estão chegando. Os céticos. Chegou o fim do mundo. Os criativos. É uma nova ordem mundial chancelada pela China para dominar a economia do mundo, tudo com uso de arma bacteriológica. O brasileiro de bem com a vida. Não dá mais para dormir um sono tranquilo. O brasileiro infeliz. Nem a morte é pior do que ficar recluso dentro de casa. O crente. Deus, por favor, acabe com vírus maligno. O ateu. Chegou minha vez de virar esterco. O idoso. Eu já vivi o suficiente. O jovem. Vou me alimentar enquanto posso. E eu? Ora eu, se não estivesse na “zona de risco” estaria há muito tempo na labuta diária, trabalhando e lutando para ganhar o pão de cada dia...

“Não sei ao certo com quem está a razão: com o infectologista que alardeia o medo; ou o infectologista que dosa a pílula. Só sei dizer com certeza uma só verdade: na reclusão o bicho não pega; mas quando a “jaula” abrir a fome mata!”

Edson Vidal Pinto

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