A guerra não é lá é aqui
Não, a guerra não é com a China por causa da pandemia, tida por muitos como a geradora do vírus assassino em laboratório para dominar a economia do mundo. A Alemanha resolveu interpelar judicialmente o governo daquele país e pedir as sanções legais. Um imbróglio que ainda vai dar muito o que falar, por enquanto tudo não passa de especulações e incertezas.
Contudo a guerra em nosso país é real, palpável e indiscutível. Se tivéssemos um governo petista com certeza não estaríamos traumatizados e nem teríamos preocupação com a China, pois ninguém guerreia com um país aliado.
É sabido que a ideologia arrefece a vontade de brigar com quem tem a mesma cor na bandeira. Deu para entender, não é mesmo? Claro que sim. E a nossa guerra? Vou explicar.
Com a chegada do covid 19 no país; - uma Pátria dividida entre “nós” e “eles”, com um novo governo austero e forrado de “estrelas”, que fez secar as milionárias verbas publicitárias que agraciava e mantinha a grande Imprensa para falar bem do governante -, espraiou-se o pior do que poderia acontecer: o medo de morrer.
Com notícias veiculadas nos jornais, rádios e TV batendo sempre na tecla sinistra de um vírus mortal e incutindo o medo na população, com governadores oposicionistas fomentados pela mídia para enfraquecer o Presidente da República ao determinarem ditatorialmente a “reclusão social” e o fechamento da indústria, comércio e do trabalho informal, conseguiram, juntos com os presidentes da Câmara e do Senado, criar um cenário de pânico e terror.
Os brasileiros dormem e acordam pensando sempre no pior como se estivessem no meio de uma guerra inglória tamanho o pavor implantado na sociedade. Está visto que a economia está indo para o brejo, o desemprego aumentando, o governo tapando buracos com o dinheiro que não tem e a criminalidade tomando conta das cidades. Não poderia existir um palco pior para ser retratado. Pois, é. Não lhe parece ser esta a cova onde nos meteram? Abstraindo os excessos que carreguei na tinta para escrever não é outra a verdade dos fatos.
Acrescente-se, ainda, os desencontros presentes nas entranhas do próprio governo, com divergências internas entre o mandatário e seus ministros, algumas digeríveis outras nem tanto. E agora José? Só existe uma saída para reverter esse caos o mais rápido possível. Como?
Terminar parcialmente com a quarentena obrigando que apenas os idosos, enquadrados na “zona de risco” e que tiverem condições de poder suprir as necessidades da família, permaneçam em casa, e recomendar que as demais pessoas adotem todos os cuidados para prevenir a doença quando estiverem em lugares públicos ou nos seus ambientes de trabalho. Manter permanente e atualizado controle de número de leitos disponíveis em UTIs e de pessoas atendidas com sintomas gripais possível de estarem infectadas pelo vírus.
Alertar os governadores das suas responsabilidades civis e penais pelos prejuízos na economia estatal que tenham dado causa. E apertar o torniquete da distribuição da verba de publicidade governamental para ser usada só em casos de necessidade pública. Na guerra, cada inimigo usa da arma que dispõe, mesmo sabendo que para combater o medo é preciso divulgar boas notícias. E tem muitos infectologistas que sabem muito bem a fórmula de irradiar otimismo e fazer o povo driblar o medo da morte...
“O Brasil precisa reverter o cenário de medo do vírus e retomar seu crescimento. Claro que o Covid 19 é mortal e não pode ser olvidado. Precauções e cuidados devem ser em dose máxima, todavia, com prudência e bom senso. Mas ficar de braços cruzados tomado pelo medo, não tem a mínima lógica. Nada é eterno; nem o vírus.”
Edson Vidal Pinto