Nem Parece Eleição
Pois é a pandemia do Covid-19 arrefeceu o ímpeto das campanhas para Prefeitos e Vereadores dos Municípios, porque faltando um pouco mais de três meses ainda não começou o agito entre os prováveis candidatos. A eleição em comento devolve a importância do pleito para as Comarcas onde os Juízes Eleitorais têm a responsabilidade de presidir o certame; diferentemente da eleição majoritária (para as escolhas de Presidente da República, Governador, deputados estaduais, federais e senadores ) em que a responsabilidade maior fica nas mãos do Presidente do Tribunal Regional Eleitoral. Eu presidi o TRE quando da eleição majoritária de 2.014. Cada pleito tem disciplina própria e normas específicas que se alteram de pleito para pleito.
Vou analisar timidamente a eleição para Prefeitura de Curitiba sem dar palpite sobre o nome de quem poderá chegar a vitória pelos motivos que passo a expender. Coloco minha própria experiência e fontes de informação em jogo. Dito isto vamos ao que interessa. Prováveis candidatos: Rafael Greca, Francischini, João Arruda, Fruet, Caroline Santa Cruz Arruda, Leprevost e Rosinha. Todos candidatos com eleitores predefinidos e por consequência é possível que ocorra muita dispersão de votos o que equilibrará a disputa.
O prefeito Greca tem trânsito com eleitores da região central muito maior que os da periferia, embora tenha sempre feito aparições em lugares de maior pobreza. Terá a seu favor a “máquina” municipal e dependendo da evolução da eleição para um eventual segundo turno poderá contar com o apoio do governador. É um candidato que aparentemente poderá deslanchar ou não no transcorrer da campanha. Digo isto porque na aparência do cenário político os votos no momento estão diluídos. Veja-se que tanto o Francischini quanto o Leprevost detêm mandados políticos e foram eleitos com consideráveis votações, além do mais seus redutos políticos estão em Curitiba.
Logo estão pisando em solo firme e acreditam nos seus eleitores. E o Fruet? Um candidato que não pode ser subestimado porque sua administração como prefeito bem que atendeu os anseios dos moradores dos arredores, além de ser politicamente respeitado. Não é nem de longe carta fora do baralho. E o sobrinho do Requião, o João Arruda? Sob minha ótica sem densidade política alguma e nunca terá chance enquanto se candidatar para Chefe do Poder Executivo. E o PT?
Com o Rosinha ou qualquer outra figura que possa querer ressuscitar depois do tsunami do partido, não passará de mero figurante. Candidatura que se prestará apenas para demarcar um espaço sem lustro e nem futuro. Uma surpresa? A Caroline Santa Cruz Arruda que na eleição irá debutar na política, porém estará muito bem acompanhada de cabos eleitorais de peso. Quem são eles? O seu pai Flávio Arns e os senadores Álvaro Dias e Oriovisto Guimarães, todos com notório destaque no cenário nacional e local. Concluindo.
Portanto será um pleito muito disputado e de difícil prognóstico. Nesta altura dos acontecimentos o governador Ratinho que prometeu manter a neutralidade no primeiro turno das eleições, com certeza deve estar preocupado porque seu apoio imediato poderá ser decisivo desde o primeiro momento para eleger seu preferido; ou poderá criar grandes obstáculos à sua reeleição.
Se correr o bicho pega e se ficar o bicho come. Portanto ao que parece o pleito promete disputa acirrada e por enquanto indefinida. Escreverei mais sobre o tema quando as candidaturas estiverem oficializadas ...
“O cenário político das eleições para Prefeito de Curitiba está enuviado. O certame está em aberto. Impossível aferir preferencias e possível vencedor. E pensar que a campanha ainda não começou. Mas o eleitor desde já deve analisar para quem dará o seu voto, pensando com amor na nossa cidade.”
Edson Vidal Pinto