Edson Vidal

Homens públicos medíocres

Neste período que antecede as eleições no país é fácil detectar o porquê de estamos vivendo dentro de uma crise que não acaba, pois basta ler os nomes dos prováveis candidatos para cairmos na triste realidade. A questão única está na biografia dos pretendentes e nas siglas partidárias que lhes dão legitimidade. Nem sempre o número elevado de votos justifica o caráter do beneficiário vez que o Tiririca é um destes populistas e não passa de um semianalfabeto enganando na Câmara dos Deputados. 

E o pior que será reeleito quantas vezes quiser porque seus eleitores estão na mesma faixa de sua escolaridade e compreensão. O apresentador e repórter policial Datena que desistiu na última hora de concorrer à Prefeitura de São Paulo, quando soube quanto ganhava o alcaide, é um indivíduo vazio que desconhece a dureza de administrar um município grandioso e com problemas complexos. É um homem de televisão que faz o gênero de salvador da pátria, aponta defeitos mas é incapaz de propor soluções. E o Huck da Rede Globo? Igual a tantos outros que se aproveitam da magia das câmeras para adentrar nos lares dos telespectadores e que serve de referência como pessoa prodígio, rica e popular que os eleitores gostam e votam. 

No fundo é um vazio e deslumbrado que aproveita da imagem por ser conhecido ficando sempre à disposição para concorrer em qualquer pleito. Tal qual fazem os cantores, artistas, jogadores de futebol e considerados ídolos do povão, não apenas aqui entre nós, mas no mundo todo, pois na política a popularidade atrai votos. Nas últimas décadas o púlpito dos Templos tem servido de ótimos palanques eleitoreiros para eleger obreiros, pastores, bispos e apóstolos como milagre divino, cooptando votos dos fiéis que acreditam piamente que os mesmos depois de eleitos serão os melhores exemplos de políticos. Ledo engano. 

Nas eleições também influem dois aspectos que fazem os eleitores escolherem seus candidatos: ser rico ou bonito. É verdade. Eleitor não gosta de votar em pobre; e prefere sempre votar numa pessoa bem afeiçoada, bonita e se esta for rica então, a eleição é certa. Lembram do Cacareco? Um bebê hipopótamo que nasceu no zoológico do Rio de Janeiro e naquele ano obteve a maior votação para deputado estadual. Foi um deboche inconsequente e danoso que prosseguiu ao longo dos demais anos com Brisolla et caterva, tanto que o Rio é um mundo escolhido a dedo para políticos da pior espécie. 

Quem não está preso é porque o Gilmar não quer. E agora foi anunciado na Rádio Bandnews que vai concorrer a um cargo de vereador na Câmara Municipal do Rio de Janeiro, nada mais e nada menos que o famoso dr. Bumbum, aquele médico que foi condenado por aplicar silicone no traseiro de uma moça que acabou morrendo, teve sua inscrição no CRM cassado e que agora resolveu adentrar na vida pública. É ou não é o fim da picada? Mas não podemos nos queixar porque entre nós o PC e o Psol também terão candidatos à Prefeitura Municipal. É por isto que não canso de afirmar: a nossa crise é moral e as pessoas de bem tem que entrar na política para oxigenar os partidos e banir essa gente sem lustro ...

“Chegou a hora do eleitor valorizar o seu voto e eleger pessoas idôneas e comprometidas com suas cidades. A renovação oxigena a Administração Pública e o Legislativo Municipal. Chega dos mesmos, sangue novo tem vassoura nova para varrer os oportunistas e dilapidadores do dinheiro público. E o momento da virada é agora!”

Edson Vidal Pinto

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