Um Dia Antes de Amanhã
Sinto uma ponta de emoção só de imaginar que amanhã estarei postando neste pequeno espaço de meu telefone digital onde teimo dedilhar todos os dias, a minha crônica número 2.500! E pensar que comecei por birra pensando se chegaria nesse número tão expressivo, considerando que propus escrever uma delas por dia sem saber se conseguiria encontrar assuntos variados. E confesso que está sendo fácil e gratificante por extrair do cotidiano e as vezes com recheio de jocosidade os temas de meus escritos. E minha ousadia em publicar está intimamente ligado à minha preguiça de corrigir os textos, pela mania que tenho ao tentar de suprimir ou acrescentar mais palavras ultrapassando os limites de espaço.
E por tudo isto os erros gráficos, palavras e concordâncias são mantidos no original. Minha preocupação maior é não ser prolixo e nem repetitivo, mas sei que nem sempre isto é respeitado. Eu me referi no início que tive birra para escrever estas crônicas desde quando li a biografia do grande compositor da música popular brasileira o Antônio Maria (Antônio Maria de Araújo de Morais), nascido em Recife - Pe., em 1.921 e falecido em 1.964, que foi um jornalista de nomeada e autor de 2.500 crônicas. Dentre seus sucessos está a música “Ninguém me Ama”, gravada por Nora Ney em 1.952. Logo pensei: não é nada fácil escrever tantas crônicas com temas variados.
E assim me propus a ver se conseguiria chegar nesse número, que pela minha ótica não seria nada fácil, pois teria que ter disposição diária e muita vontade para não esmorecer. E tudo começou em 2.016 e hoje um dia antes de atingir a meta, ouço no ar o tilintar dos sinos de Natal anunciando que estamos nos últimos dias de 2.020. E neste espaço de tempo registro como a vida mudou -, pois este ano foi atípico e nos deu lições de que o mundo está sofrendo modificações de hábitos e costumes. Vivemos num planeta assustado onde os seres humanos estão buscando isolamento e não sabem ao certo para onde caminhar, pois um vírus mortal está assombrando há todos e ninguém sabe prever com certeza o que virá depois disso.
Mas o importante é não perder o humor e nem se deixar abater pela tristeza; não há mal que sempre dure e nunca acabe. Tudo tem um fim é só esperar e ter paciência sem perder o privilégio de estar vivo. E quanto as minhas crônicas vou continuar escrevendo, sem nenhuma meta a ser perseguida, tentando manter a mesma disposição diária. Só espero que os leitores suportem e assimilem mesmo o que não lhes agrada em cada uma dela delas; e que Deus continue me inspirando e protegendo todos nós ...
“É na véspera de acontecer alguma coisa que nós festejamos. Amanhã escreverei a crônica 2.500, para mim uma meta nunca sonhada, mas um desafio vencido. Com certeza farei um brinde virtual com todos os destinatários de meus escritos. Tim, tim!”
Edson Vidal Pinto