Juiz Bonzinho, Bandido Feliz!
Todos nós sabemos que o ano em curso foi atípico pois a Covid 19 fez um estrago geral no mundo todo, alterando a maneira festiva do então relacionamento entre as pessoas, com clausura social para alguns e frustrações para os mais jovens. Sem falar é claro nos prejuízos financeiros que abalou o comércio e fechou empresas de médio e pequeno porte. Todos os burocratas foram forçados a trabalhar em casa e fazer uso do computador como ferramenta útil e necessária.
No entanto para expressiva maioria o trabalho continua normalmente como se a pandemia fosse invisível com cada um tentando driblar como pode o vírus da morte. No entanto o ano não está sendo ruim para todos pois tem um segmento de indivíduos perniciosos à sociedade que estão felizes pelas benesses recebidas do Estado. No início da pandemia trinta mil presos foram liberados para aliviar o excesso de população carcerária a fim de evitar a propagação do vírus, foi uma festa no arraiá do crime.
E a população? Ora a população. Ela além de evitar o vírus tem que evitar a turba de criminosos que infestam as cidades e praticam crimes às pencas. E sem levar em conta o vírus, a polícia do Rio de Janeira foi proibida de perturbar os traficantes nos morros, a pretexto de que eventual embate poderia matar vítimas inocentes. Estultice sem tamanho. Óbvio que tais medidas fizeram fervilhar o crime e arrefecer o ânimo do policial -, o bandido se tornou vítima e o policial o réu.
A Imprensa criminosamente faz a distinção de quem é culpado e inocente, quer seja pela cor da pele, pela motivação ideológica ou pela simples vontade do jornalista de querer imputar a melhor versão do fato que lhe propicie vender jornal. O caso Marielle neste contexto é emblemático -, um desentendimento por questões dúbias que se tornou mote para as ONGs de direitos humanos e bandeira de partidos políticos de botequins.
E agora, quase no apagar das luzes deste estranho ano, outro presente para os condenados que estão no regime semi-aberto e considerados na zona de risco do Civid : eles provando excesso de presos na Unidade poderão cumprir o restante da pena em suas residências. Que tal? Bonito não é mesmo essa preocupação pelos saúde de condenados onde não existe a comprovação do vírus. Como diria a saudosa Hebe : é uma gracinha!
- Ah, quer dizer que mesmo não havendo o vírus na Unidade Prisional e apenas excesso de internos, o preso que estiver na chamada “zona de risco” vai poder ir para casa ?
- Perfeitamente!
- Putz, que Natal, hein?
- Ponha Natal nisso!!
É inacreditável para um estudioso do Direito Penal que combateu o crime nas trincheiras do Ministério Público por mais de trinta anos, tenha que engolir seco as decisões de juízes tão bonzinhos e preocupados com o bem estar dos bandidos.
Nesta última decisão antes das férias coletivas do STF, o Fachin se superou no seu papel de Papai Noel. É não adianta nada ser “mestre”, “doutor” e “pós-doutor” que sabidamente são meros títulos acadêmicos do Magistério Superior, se o profissional não tiver aprendido nas trincheiras da vida o quanto vale o bom senso e quanto custa honrar a Toga que veste ...
“Num país de tanta miséria e aumento populacional irresponsável; os presos, condenados e traficantes recebem de mãos beijadas os maiores benefícios do Estado. Eles são protegidos pela Defensoria Pública muito mais que os hipossuficientes que clamam pela proteção dos seus próprios direitos. Que país é esse, gente do Céu !”
Edson Vidal Pinto