Edson Vidal

Renovar ou Morrer

O título nada mais é do que um ditado muito antigo quando nada de bom acontecia no país (como hoje) e alguém então deu um brado de alerta de que era preciso renovar para não permanecer na mesmice. Ficar estagnado é a pior coisa que pode acontecer para qualquer pessoa, empresa ou país. Quem não se recicla e busca novas saídas e empreendimento tende a desaparecer. 

E na política não é diferente porque são os políticos que galgam os maiores cargos de direção de um país democrático, do qual não somos exceção. E por que então os políticos na esmagadora maioria são os mesmos? Não são eles os responsáveis pelo ranço pegajoso que emperra o desenvolvimento do Brasil? Essa é a verdade sem sofismas. Nada como dar alguns exemplos práticos para desanuviar qualquer dúvida ou contrariedade. Vamos lá: no último pleito para prefeito de Curitiba votei na Sra. Carol Arns Arruda por saber que pela sua juventude teria suficiente disposição para enfrentar as tarefas de gerenciamento de uma cidade, e por saber do seu preparo moral e intelectual diferenciado dos outros candidatos, além de ser comunicativa e muito bem articulada. 

Eu conheci de perto sua atuação na FIESP, seu dinamismo com que desempenhava suas tarefas naquela prestigiosa instituição. Seria sangue novo na prefeitura para arejar e encetar políticas públicas condizentes com melhores ações sociais, obras necessárias e coordenar moderna transformação pedagógica no ensino das escolas municipais. Mas não sendo muito conhecida perante o eleitorado e levando em conta o curto período de campanha, esbarrou nas urnas. A preferência do eleitorado recaiu naquele que ri, chora e canta o hino de Curitiba mais desafinado e em cujo andor é carregado por velhos caciques dos transportes coletivos. 

Sua reeleição era favas contadas. Até cego enxergava. E assim a tentativa hercúlea de renovar caiu morta sob o peso do alcaide. Estou batendo na tecla da renovação da política sem analisar “tempo de serviço público”, manobras de bastidores e nem adentrar no tabuleiro do jogo político cujos interesses abrange o próprio governador e toda a máquina pública. Aliás também dei meu voto para o Ratinho por acreditar na sua juventude e apostar que ele revolucionaria a economia paranaense buscando meios para melhor alavancar o conhecido modelo paranaense de prosperidade, arrojo e trabalho. Mas escorreguei na maionese. 

Depois de eleito ele procurou se articular politicamente com as velhas raposas políticas do estado e num curto espaço de tempo cooptou prefeitos, aliou-se com a maioria dos deputados da Assembleia Legislativa e acomodou-se com a certeza de uma reeleição sem susto. Não fez ainda nada que justificasse sua estadia no Palácio Iguaçu e muito menos tem aparecido em público para dar o ar de sua graça. Com o pai a tiracolo transita no governo federal como se estivesse na sala de visita de sua própria casa. E pelo que tudo indica a sua governança seguirá a mesma marcha de um pangaré trotando em trilha sem sobressaltos. 

Mesmo errando meu voto prefiro sempre apostar nos políticos mais jovens porque o dia que um deles der certo fazendo de seu mandato uma batalha para varrer o lamaçal podre que atrapalha o progresso, com certeza nosso futuro e de nossos filhos e netos será promissor. E este dia chegará, pois os velhos políticos têm que ser banidos da vida pública porque são perniciosos, pois adoram o poder como os piratas que nas pilhagens que faziam só se interessavam pelo ouro...

“Chega dos mesmos na política. O eleitor deve ter consciência patriótica e votar consciente para renovar o quadro de políticos brasileiros. É preciso acreditar na juventude e incentivá-los a ingressar na político-partidária. Única maneira de mudar a cara do país!”


Edson Vidal Pinto

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