Edson Vidal

Talvez Agora Dê Certo!

Não morro de amores pelo Bolsonaro apesar de ter votado nele pela falta de um candidato melhor e torço para que seu governo dê certo. E sabe por quê? Depois da “Revolução de 64” para cá é o único governante que não roubou apesar de ser bocudo e grosso como sola de bota de soldado. E para tentar mudar o rumo do Brasil só mesmo um brutamontes e mau educado para peitar inimigos políticos jaguaras  e dispostos a tudo para derruba-lo do Poder. 

Veja o Rodrigo Maia e o Alcolumbre quando tinham nas rédeas o Congresso Nacional quantos males fizeram e artimanhas que engendraram para o país não dar certo. Com certeza se o Capitão fosse um almofadinha de calça apertada não se atreveria jamais em retirar da Rede Globo os repasses bilionários que saiam dos cofres públicos para manter uma família biliardária e seus empregados de luxo. E não foi só o império da Globo não como, também, a imprensa como um todo que vivia exclusivamente do dinheiro público federal para anunciar e elogiar os atos do governante de plantão. 

A mesma imprensa que hoje escorraça o Governo apesar de continuar recebendo repasses mais minguados dos governos estaduais. E outra coisa: acabaram os escândalos de corrupção, dólares na cueca, malas de dinheiro e montanhas de dólares e reais estocados sem procedência em apartamento alugado por político. Nem os grandes empresários que antes aliciavam os detentores de cargos públicos para tirarem vantagens estão se atrevendo a colocar as manguinhas de fora, pois o Presidente é de outro nível e seus ministros também. 

É claro que ele poderia ter feito muito mais se as reformas propostas desde os primeiros dias de seu governo tivessem tido sucesso; como sabido elas foram obstaculizadas pelos seus adversários políticos mancomunados pelos presidentes da Câmara e do Senado. E sem o aval destes nada tramita no Legislativo que não sejam votos de pesar e congratulações de aniversário. Sem esquecer de que desde o primeiro dia de seu mandato tem enfrentado dissabores com decisões de cunho legislativo dos inquilinos do STF, que entumecidos pela teologia brincam com o poder que têm sem pensar no país. 

Também gostei quando alguns nomes de sua equipe de governo quando deixaram seus cargos saíram atirando e criticando como fazem todos àqueles que são contrariados e defenestrados do poder. Ex-ministros, ex-aliados políticos de primeira hora que se elegeram na sombra do Capitão e que vieram a se tornar seus inimigos de morte. Quem conhece as biografias dos “exonerados” e dos que “viraram a cara” sabem muito bem que não eram pessoas certas para permanecer numa equipe de governo formada para mudar o perfil do Brasil. 


São por estas razões que o Presidente continua tendo a minha simpatia, apesar de estar “abraçado” com o tal “Centrão” para ter governabilidade. Também é difícil digerir um deputado Ricardo Barros como líder do governo na Câmara Federal, mas até fecho os olhos para não ver por que é a única maneira de aprovar as decantadas reformas imprescindíveis para a Nação. Tudo na sintonia da turma do “centrão”. Se não tem outro jeito só resta apostar nesse caminho como única alternativa viável para a vida democrática. 

E também gostei que o Capitão apostou suas fichas para eleger os atuais presidentes da Câmara e do Senado -, não por suas histórias políticas, mas pelos cargos que agora ocupam e prometem fazer o Brasil andar. Na política tem ocasiões em que o bom samaritano tem que estreitar convivência com indivíduos sem muito lustro para poder alcançar objetivos pretendidos. Pois esperar se aliar com Anjos para desmontar as mazelas construídas por petistas só mesmo no Paraíso. 

E com as vitórias de Arthur Lira e Rodrigo Pacheco o Presidente Bolsonaro parece que agora está com a faca e o queijo nas mãos, portanto tem tudo para que seu governo de certo desde que feche a boca ...

“Não é porque votei no Bolsonaro que não vou criticá-lo. Acho que agora ele conseguiu uma aliança política para sua governabilidade e tranquilidade no âmbito do legislativo. Parece que chegou a hora e a vez do Brasil dar certo!”

Edson Vidal Pinto

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