Nossa Índole é ordeira
Seja qual for o vulcão de maldades que os homens públicos possam aprontar o povo brasileiro trabalhador e sério é um poço de tranquilidade, pois sua reação não extrapola os limites do bom senso. Só os ideologicamente alinhados com sonhos mirabolantes de uma utópica igualdade social são capazes de cometer atrocidades. O atentado sofrido pelo Bolsonaro na campanha política é um exemplo típico de ódio doentio.
Isto jamais acontecerá contra o Luiz Edison Fachin, autor de diversas bravatas rotuladas de jurídicas no espaço de sua curta carreira na Magistratura, pois a insatisfação do povo (que pensa) não passará nunca de carreatas, palavras de ordem, alguns impropérios contra sua santa mãe e caras não tão amigas. Essa turma do STF sempre está rodeada de policiais federais mesmo nas ocasiões menos conflituosas -, eles têm medo dos jurisdicionados. Que juízes são esses? A proteção ao juiz é exigível quando ele atua na área criminal contra o PCC, traficantes perigosos, assassinos profissionais e psicopatas e não para livrá-los da insatisfação do povo pelos atos censuráveis que cometeram.
Para este tipo de reação basta a escolta policial que sempre tiveram. O povo não quer esfaquear, atirar, socar e nem lesar a integridade física de ninguém, muito menos dos ministros do STF, pois o tempo da Inquisição passou há muito tempo. A manifestação popular quer apenas demonstrar a insatisfação por decisões tão açodadas, temerosas e tendenciosas, tudo na esperança que o burburinho sirva para o Juiz refletir e sentir o peso da responsabilidade que é julgar. Nada mais. No entanto o Presidente do STF preocupado com a integridade física do Luiz Edison e de toda a sua família determinou à Polícia Federal que reforce a segurança, aumentando o efetivo e adotando estratégias que a situação exige.
Só falta que façam barreira armada na frente do prédio do ministro e exijam das pessoas que por ali transitarem que usem visível e pendurado na roupa suas carteiras de identidade. O rei se esconde atrás do muro do castelo longe dos lacaios enquanto come brioches. E o mais inusitado: o Gilmar foi primeiro que publicamente hipotecou irrestrito apoio ao Fachin ! Um roto defendendo o maltrapilho. É a velha história os semelhantes se atraem. Como disse anteriormente, o Juiz e o Promotor de Justiça só precisam de proteção quando estão lidando com gangue perigosa e não com a opinião do povo. Os atos e comportamentos destas autoridades, por serem públicas, podem e devem quando necessário se sujeitar às reações dos jurisdicionados.
Estes não são baratas mortas e quando insatisfeitos podem externar seus desagrados. Claro que sem excessos e dentro dos limites da lei. Ou só os marginais podem reagir com atitudes insanas? É claro que não. Há um ano atrás fui em uma solenidade na Casa Glaser e estava presente o vice-governador do estado rodeado de seguranças; juro que fiquei estarrecido com tanto aparato sem nenhuma necessidade. O ambiente era familiar e social e o vice poderia ter dispensado os guarda-costas por ser um homem público respeitado por toda comunidade paranaense. Ah, lembrei.
Certa feita quando eu caminhava no Parque Barigui me deparei com a mulher do então governador Requião caminhando sozinha, mas há poucos metros vigiada por uma escolta de policiais militares. Para que? Foi a pergunta que eu fiz para mim mesmo, pois se nem o seu marido foi atacado pelo povo em razão de seu temperamento de homem das cavernas, por que tanto cuidado com sua mulher? Só mesmo para usufruir das mordomias do estado.
Mas com certeza alguém poderia estar pensando: quem garante que não tenha um louco disposto a praticar algum desatino contra autoridade pública? Exemplo? O assassinato do Kennedy. Gente, estamos no Brasil e se alguém tiver algum intuito assassino contra uma autoridade com certeza só pode ser um doente mental. E estes circulam livremente entre nós, diariamente, e não temos um mísero policial para nos proteger. É muito aparato para pouca coisa.
A propósito li há pouco no “blog do Guelmann” um episódio que merece compor esta crônica para dar o devido epílogo. Eleito governador o Jaime Lerner fez sua primeira viagem para a cidade de Maringá e convidou o Guelmann, seu chefe de gabinete, para acompanhá-lo. Ficaram hospedados num hotel, cada qual em seu quarto localizado porta com porta. De repente o Guelmann foi acordado pelo governador que lhe perguntou:
- Gerson, quem é o homem que está de pé na frente do meu quarto?
- Um segurança destacado pela Polícia Militar.
- Negativo, não quero isso. Não posso dormir sabendo que um policial não está dormindo para me proporcionar segurança. Não foi nunca admitir isso.
E desde então a segurança do governador era feita às escondidas. Que diferença hein, Luiz Edison? Homens e homens; Juízes e Juízes ...
“Se cada homem público que cometer atos inconsequentes necessitar de proteção policial, não sobrará ninguém para proteger o povo. Será o fim da Segurança Pública!”
Edson Vidal Pinto