Edson Vidal

O Jeito é Ser Maria Mole

Acho que desde a Proclamação da República até hoje nenhum Presidente eleito democraticamente teve tanta oposição quanto o Bolsonaro. Claro que ele vem de um período que começou com FHC e terminou com o ensaboado Temer, quando então a esquerda no país conseguiu enriquecer e se fortalecer através de verbas provenientes de aliciamentos, colocando na administração pública pessoas perfiladas ideologicamente em lugares chaves, como, principalmente aparelhando na área da Educação em todos os níveis o engajamento à Causa de jovens inexperientes e sonhadores. E não será tarefa fácil reverter essa situação. 

No início a vitória de um militar nas urnas representou para os “socialistas” o pior retrocesso, pois além da perda de espaço e meios para manter a corrupção instalada havia o receio da militarização do Governo. E isto foi inevitável. É claro que um homem criado na caserna cercou-se de colaboradores de sua própria área profissional, reforçada por técnicos que tinham o perfil do Ministério para o qual foram convidados. E o receio da turma do contra foi imediatamente espalhar na Imprensa nacional e estrangeira que o Presidente estava se preparando para dar um “golpe”. 

Mentira, mas que pegou como rastilho de pólvora. Não fosse apenas isto pois a crise maior foi fomentada pela Rede Globo de Televisão quando Bolsonaro anunciou publicamente que não mais repassaria verbas de publicidade governamental para referido Grupo, que sempre alimentou seu império às custas do Erário Público. E neste país brigar com veículos de comunicação é cutucar onça com a vara curta. Começou então a campanha objetivando desmoralizar o homem Bolsonaro através de seu calcanhar de Achilles que são seus três filhos mimados; também o Presidente Bolsonaro por atitudes grosseiras; e o Governo Bolsonaro ao não anunciarem nenhuma realização de seu governo e tentarem denegrir as atuações de seus ministros. 

Isto por obvio levou a perda da governabilidade; claro que tudo orquestrado por dois políticos matreiros e oportunistas que tinham assentos respectivamente nas cadeiras de Presidentes da Câmara Federal e do Senado da República. O governo ficou fragilizado perante a opinião pública. Foi quando surgiram ao longe vozes clamando pela volta dos militares ao Poder. Isto como reflexo da atuação de um STF político, fraco e sem autoridade moral. E quem sempre afirmou isso foi o Lula. Via de consequência o Presidente para recuperar a governabilidade teve que se abraçar com o “Centrão” (uma espécie de Máfia política) para poder realizar reformas prometidas em palanque. E haja cabeça para levar tantas pauladas. 

Ontem mesmo oito Prefeitos Municipais recorreram aos governos estrangeiros pedindo socorro para evitar que a pandemia dizime o povo brasileiro. E por interessar politicamente os Presidentes dos EEUU e da França logo fizeram eco no sentido de condenarem o Governo brasileiro pelo desleixo com que tem tratado o combate ao Covid. E até o Lula pediu à Comissão de Direitos Humanos da ONU uma reunião para resolver o problema da vacinação no país. Gente, é um tanque de guerra que passa sobre a cabeça do Bolsonaro diuturnamente. 

E agora na mudança do Ministério da Defesa com as substituições dos três Chefes das Forças Armadas não faltou a crítica de jornalistas ao afirmarem que um Capitão nunca comandará Generais -, só esqueceram de dizer que Generais já foram comandados por um demagogo e ladrão.

Não será tarefa fácil para nenhum Presidente que não leia a cartilha de Lênin governar o Brasil. A não ser que seja um Maria Mole e rebole sem parar, distribuindo dinheiro de publicidade oficial como sempre aconteceu e feche os olhos (se não quiser participar) da suculenta corrupção ...

“Nenhum Presidente eleito recebe mais bordoadas da Imprensa nacional e estrangeira do que o Bolsonaro. Burrice, falta de senso crítico, truculência ou imprudência é difícil de saber, quando a imprensa que forma a opinião pública pinta o governante de acordo com a falta do dinheiro público que deixou de entrar no seu caixa. Cada um que tire sua própria conclusão.”

Edson Vidal Pinto

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