Edson Vidal

A Pobreza no Mundo

Não são apenas nos países de terceiro mundo que a pobreza está aumentando a olhos vistos. Basta ligar o canal do YouTube para constatar legiões de nômades urbanos morando nas calçadas das cidades mais ricas, contribuindo com alto índice de violência, tráfico de drogas e prostituição. Dias atrás para fugir da rotina do Coronavírus arrumei minha mala e “viajei” através do YouTube para Beverly Hiils, condado de Los Angeles na Califórnia, centro charmoso onde residem os artistas de cinema e local invejado pela intensa atividade comercial onde grandes lojas de grife estão instaladas e atraem as atenções dos turistas de todas as partes do planeta.

Porém poucas ruas depois do centro da cidade foi mostrado na reportagem o lado negro do glamour que agasalha aquela badalada urbe -, onde nas calçadas estão barracas montadas por pessoas que não têm família e nem para onde ir. O cenário mostra o estado de degradação humana com os carros de polícia passando freneticamente pelas ruas em razão dos reiterados atos de violência e com os traficantes envoltos em suas atividades criminosas sem nenhum freio. E são dezenas de quarteirões num espetáculo dantesco com todos os tipos de indivíduos como que entrelaçados num mesmo espaço fétido. 

Mas eu buscando diversão para sair do poço da monotonia e preocupação usei do mesmo YouTube para “passear” em Paris e percorrer o romântico Rio Senna para me deleitar com a beleza da Torre Eiffel. E foi um ledo engano. A reportagem mostrou negros africanos provocando transeuntes por motivos fúteis, todos com aparência de poucos amigos. Sob as pontes tradicionais centenas de famílias vivem em total promiscuidade. Mulheres andam pelas ruas e praças com o rosto coberto por véu e homens de turbante na cabeça não escondem a postura de invasores apesar de se dizerem fugitivos. 

E até em Berlim, Roma, Bruxelas e Londres os mendigos estão presentes nas esquinas e nos guetos das periferias. Tudo isto sem ainda percorrer a Índia, China, Japão, Austrália e América Central onde impera a desigualdade social em maior escala mostrando que o mundo todo com a pandemia perdeu a graça e empobreceu. E a causa? Eis aí o xis da questão. Mas não é difícil fazer um diagnóstico para explicar as razões deste empobrecimento, claro que sem maior profundidade para não tornar enfadonha esta crônica. 

Vou apenas lançar alguns tópicos para reflexão dos leitores : as guerras étnicas e as guerras territoriais que fazem milhões de vítimas e exilados; o desmoronamento das famílias e a paternidade irresponsável com aumento populacional desenfreado; a mecanização na área agrícola e a robotização das indústrias com a consequente perda de trabalho para os humanos; o colapso da educação no mundo onde o aprendizado diminui e dificultou o trabalho profissionalizante; a falência religiosa para pregar o amor, a virtude, a resignação e a esperança como mola de inspiração para um futuro venturoso; o vírus implacável de ideologia canhestra que prega igualdade utópica entre as pessoas e nega a existência criadora de Deus; a total desnecessidade da ONU no contexto atual que apenas serve de cabide de emprego para muitos e sem resolver as divergências entre as Nações onde se alicerça a causa primária de sua fundação. 

E nem elenquei a impunidade institucionalizada entre nós brasileiros que tem servido como fator maior para aumentar a criminalidade e expandir as organizações criminosas paralelas ao próprio Estado. Enfim depois que deduzi do que assisti no canal do YouTube vou colocar a barba de molho, mais preocupado que antes por temer o futuro dos meus netos e dos netos de meus parentes e amigos, porque eles vão viver num mundo bem pior do que o nosso e com certeza vão conhecer de perto os horrores de nossa própria desídia... 

“Os seres humanos perderam o élan de buscar um lugar ao sol e estão preferindo ser vítimas da sociedade. É claro que a competitividade profissional cresceu, os empregos minguaram e a educação implodiu. O futuro será uma batalha pelo pão de cada dia. Esta é a herança que será legada aos nossos netos, como reflexo de nossa odiosa parcimônia”

Edson Vidal Pinto

Atenção: As opiniões dos nossos colunistas, não expressam necessáriamente as opiniões da Revista Ações Legais.