Um Senado Doente
Tudo bem que não é culpa dos senadores da república a instalação da “CPI da Covid para cassar o Bolsonaro” porque eles apenas estão obedecendo decisão do STF, mas cá entre nós não precisavam mostrar tanta estupidez e despreparo de seus integrantes. A comissão em referência é um verdadeiro grupo circense constituído de indivíduos do mais baixo nível moral e intelectual que envergonha a Nação perante o mundo. A autoridade convocada para esclarecer questionamentos sobre o tratamento precoce da Covid, se é ou não válido por inexistir comprovação científica, desde que seja a favor cai em desgraça e é tripudiada pelos senadores sequiosos em querer extrair do inquirido alguma frase que denote contradição ou que sirva para comprometer o Presidente.
E o que pode ser esclarecido em minutos leva horas intermináveis com perguntas repetitivas e insinuações maldosas para esgotar a paciência de quem responde ou assiste pela televisão. Só falta usar de tortura física para extrair há fórceps o que interessa de mentiras para culpar o Presidente pelas mortes ocorridas no Brasil. E pensar que os “nossos” três senadores do Paraná devem estar se regozijando pelo que estão assistindo porque também torcem pelo “quanto pior melhor” -, pois antes mesmo da “ordem” dada pelo STF tinham assinado requerimento em favor dessa CPI. Pois bem, assisti alguns trechos do “depoimento” da médica pediatra Mayra Pinheiro, secretária de um departamento do Ministério da Saúde, que esclareceu mais do que suficiente que o uso da Cloroquina (carro chefe de toda celeuma) e outros medicamentos usados no tratamento precoce não servem para imunizar os pacientes do vírus, mas se prestam muito bem para minorar alguns dos sintomas e colaborar para evitar mal pior.
E apesar de todas as explicações feitas e didaticamente compreensível para qualquer indivíduo de curta inteligência, ela sofreu todos os tipos de tortura mental dos senadores oposicionistas mas não perdeu a serenidade própria das pessoas de bem. Educada e solícita não deixou de responder nenhum questionamento. Mesmo assim foi ironizada e posta em dúvida por inquisidores leigos da arte médica. Fiquei envergonhado e mudei de canal me censurando por ter visto pessoas adultas se aproveitando do cargo que ocupam e por ter votado nos “nossos” três senadores.
Depois fiquei imaginando o ambiente de trabalho no Senado da República composto por uma heterogeneidade de pessoas de índoles, educação, cultura e nível social diferentes que são aprovados nas urnas e passam oito longos anos usufruindo das benesses do Estado, sem a necessidade de dar nenhuma contribuição em prol da Nação brasileira.
São verdadeiros chupins da vida pública que deixam de propósito de zelar pelas suas obrigações constitucionais e se limitam apenas em votar leis e viajar de avião semanalmente. E o pior de tudo que no final do mandato usufruem de criminosa aposentadoria como se fossem funcionários públicos concursados. Ser senador é um emprego invejável pois além de poder fazer um bom “pé de meia” (nunca vi senador pobre), gozar de prestígio e de ser guindado para outros cargos de relevo no contexto da Administração Pública, podem ser também ocupar diretoria do Banco do Brasil, governador e até Presidente da República.
E sem precisar de muito estudo pois basta ser alfabetizado e contar com a simpatia de eleitores que gostam de serem enganados ...
“Como a vida pública brasileira perdeu seu nível de excelência para permitir que pessoas medíocres, obtusas e odientas ocupem lugares de antigas autoridades. O Brasil empobreceu culturalmente quando a ideologia castradora foi ardilosamente plantada em nosso solo. Valorizar o voto é a única solução que nos salva.”
Edson Vidal Pinto