Quando Falta o Feijão
Nem o governador e nem o prefeito quando decretam o fechamento de estabelecimentos comerciais sofrem pela falta de feijão em suas mesas, pois comida não é e nunca foi suas preocupações. No que parece o terror do Coronavirus não vai nos deixar tão cedo porque há cada período surge uma nova cepa com consequente mutação trazendo notícias mais terríveis e sem nenhuma certeza que as vacinas compradas a peso de ouro produzam os efeitos anunciados pelos laboratórios. Estes estão arrecadando sem reclamar e rindo à toa. E como vamos ficar?
No entendimento das autoridades referidas ao que parece fechando e abrindo o comércio como se fosse fole de sanfona se isto não gerasse consequências danosas para a economia e comprometesse a sobrevivência dos trabalhadores. Ninguém em sã consciência vive sem trabalhar a não ser que seja sindicalista ou aposentado -, pois comida não cai do céu. E o governo federal fica na “obrigação” de prover àqueles que não conseguem superar a crise por falta de trabalho, contribuição que se estende sem previsão certa porque todo o dia levantam vozes suplicando pela manutenção e aumento do valor do auxílio. É uma ação que não passa de assistencialismo e que habitua muitos beneficiados há permanecerem no ócio.
Mas é difícil separar o joio do trigo -, a empregada aqui de casa tem uma amiga que usou da verba governamental para fazer tatuagem na perna e não para as necessidades essenciais. Esta é a mentalidade média do povo brasileiro. Enquanto isto nos bastidores continua a guerra contra o tratamento precoce da Covid - 19, com a Imprensa computando o número de mortos como troféu contra o Governo. É hora pois do bom senso funcionar. Chega de lockdown (parcial ou rígido) pois a indústria e o comércio não podem ter restrições de funcionamento muito menos os prestadores de serviços e nem pensar em impedir, mas impor número certo de usuários na lotação da circulação do transporte coletivo, pois nestes ambientes não estão as causas maiores de proliferação do vírus. Porque existe prudente controle e fiscalização.
Mas endurecer as punições onde houver aglomeração de pessoas com intuito recreativo como bares e festas de um modo geral. No primeiro deles com imposição de horários de funcionamento e no segundo sem abrir exceção. E deixar a vida correr com reiteradas recomendações de isolamento social para quem puder e uso de aparatos preventivos (máscara, álcool, higiene e facultativamente remédios indicados por médicos para impedir o agravamento por eventual contaminação). E tudo sem faltar otimismo porque a vida é bela e as dificuldades que surgem no caminho não são perenes ...
“É claro que alguém tem que pôr ordem no país por causa da COVID-19. O STF não vai decidir para cumprir a Constituição. Então que Governadores e Prefeitos tenham um pingo de inteligência para evitarem o pior.”
Edson Vidal Pinto