Vida Sem Valor
Não é aviltando a raça negra que o ofensor possa ser chamado de racista e estar sujeito a responder por crime inafiançável -, no Brasil o delito em comento só tem repercussão se a vítima, de cor negra for traficante morto por policial, que seja militante da esquerda, malandro velho e filiado ou membro de um sindicado, melhor ainda se for dos metalúrgicos ou dos professores.
Se tais requisitos não estiverem evidentes nenhum jornal do país vai noticiar quem ou como um cidadão da raça negra foi morto e nenhuma ONG vai fazer estardalhaço ou querer bater nas portas da ONU clamando por justiça. Nem o PSOl e nem o PT vai acusar o Presidente da República de ter mandado a Policia matar referida vítima. Na quadra em que vivemos uma tal Marielle, política do Rio de Janeiro, lésbica e relacionada com o submundo carioca foi metralhada e morta por disputa de espaço e prestígio -, no entanto até hoje não foi esquecida porque tornou-se “mártir” de uma sociedade doente. Mas se não fosse política e nem lésbica o fato passaria desapercebido e ninguém pediria justiça.
A hipocrisia é tão flagrante a ponto de um negro nos EEUU ao reagir a prisão e ser dominado por policiais há força, quando então um deles também de cor negra colocou o joelho contra a parte posterior do pescoço do subjugado e acabou matando-o asfixiado. O triste episódio eclodiu de norte ao sul do país com manifestações e fúria só porque a vítima foi um negro, se fosse um branquelo qualquer passaria a ser um caso fortuito com certo exagero policial. E mais nada. Basta encontrar um pretexto político por menor que seja para que um negro, lésbica ou viado sendo vítimas de morte violenta se tornem estopim para desestabilizar um país.
Entre nós é surreal assistir na TV Globo o ator homossexual para fazer rir se autodenomine de “viado”; mas se você encontrar com ele na rua e chamar: “viado!” ele te processa por você ser homofóbico. E ninguém sabe como agir ou pensar. E sabe por quê alinhavei esta introdução em minha crônica? Porque em São Paulo, um jovem soldado da Polícia Militar de nome Leandro Patrocínio, de cor negra, desapareceu quando voltava para sua casa na região de Heliópolis - Capital, e dias depois foi encontrado morto e enterrado.
Na investigação realizada pela Polícia Civil foi constado que ele foi torturado por alguns dias em uma casa do grupo de traficantes da área e depois foi assassinado. Uma morte com requinte de sofrimento é maldade. Porém por ser apenas negro, militar, chefe de família e cidadão probo a sua morte não repercutiu na Imprensa, nenhuma ONG se manifestou ao menos para lamentar o ocorrido e nenhum partido político desfraldou bandeira para protestar contra a bandidagem que impera no país para pelo menos pôr a culpa no Governo Federal. Nem para isto serviu a morte de um bom policial que é mais um herói que se foi e jamais será lembrado.
Estão as escancaras a hipocrisia que a esquerda tenta monopolizar a opinião pública quando aborda o racismo como causa para separar “nós” e “eles” -, usando da cor da pele como fator para desunir irmãos de uma mesma Pátria e inculcar o ódio entre ricos e pobres…
“Nunca se falou tanto em racismo no país como agora; nem em lesbianismo e nem em viadagem. Causas deflagradas por partidos de esquerda para dividir o povo e implantar o descontentamento. Tudo bem temperado pelo ódio para dividir as classes sociais. Só não vê quem não quer enxergar.”
Edson Vidal Pinto