Não É Brincadeira Não
Ontem com a notícia dando conta da morte do psicopata Lázaro Barbosa a rede social foi a exaustão contando piadas sobre o trágico final, a melhor delas dava conta da frustração do Gilmar por não ter podido conceder ordem de Habeas Corpus ao falecido. Claro que o anedotário faz parte da irreverência do povo brasileiro que sabidamente pode perder um amigo mas nunca uma boa piada. Mas caindo na real o desfecho com a morte do fugitivo era favas contadas porque ele jamais se entregaria e nem os policiais reagiriam diferente por qualquer atitude agressiva que ele pudesse querer tomar quando acuado.
Tenho assistido no YouTube perseguições de policiais americanos quando o suspeito busca se evadir usando um carro na fuga, ora dirigindo no perímetro urbano ou então em autoestradas interestaduais, quando atrás do fugitivo formam enormes filas de carros de polícia, com sirenes ligadas, esperando a melhor oportunidade de efetuar a prisão. No ar além do helicóptero da polícia também os das diversas emissoras de TV , com imagens ao vivo e comentários de jornalistas relatando tudo o que está acontecendo sem omitir nada. Normalmente o fugitivo bate em algum outro veículo e tem de parar porque ocorreu pane no seu carro; ou então, cansado de tentar fugir e não conseguir ele para o carro e desliga o motor.
Daí os policiais cercam com seus carros o veículo do suspeito, descem, abrem as portas e ficam atrás delas apontando suas armas contra o carro estacionado. E aguardam a reação do suspeito: se este reagir apontando arma contra os policiais estes imediatamente atiram até terem a certeza de que o evadido foi baleado e não consegue reagir. Normalmente é uma saraivada de balas contra o suspeito e seu veículo. Também pode acontecer do suspeito se entregar então um policial dá ordens de como o mesmo deve proceder, levantando as mãos, indo de costas em direção aos policiais, depois fica de joelhos, deita e coloca as mãos para trás. Só neste momento dois ou três policiais se aproximam, agarram e algemam o fugitivo.
E tudo ao vivo e a cores. Ocorrendo a morte do fugitivo a Imprensa relata o fato sem nenhuma crítica à Polícia. E no Brasil? Com certeza passando o primeiro momento das chacotas os jornalistas da esquerda e da Rede Globo vão começar a criticar as atuações dos policiais que participaram da ação final, cobrando imediata punição pelo excesso de tiros ou porquê não oportunizaram ao Lázaro o direito de se entregar. Tudo ilação porque só os que participaram da última cena é que sabem o que aconteceu de verdade. E sabedores que o fugitivo era um assassino perigoso e ladino com certeza nenhum policial abriu a retaguarda para não pôr a própria vida em perigo. É o instinto de preservação que no momento do pior sufoco fala mais alto.
Fazer conjecturas românticas sobre como os policiais deveriam se comportar só mesmo na imaginação das pessoas que nunca estiveram numa ação policial e cara a cara com um matador profissional. Também não será de estranhar que as ONGs de Direitos humanos e alguns Partidos Políticos de gente desmiolada façam críticas acerbadas e fora da realidade; nesta esteira, também, artistas, intelectuais e desocupados exigirão a cabeça dos policiais. No entanto estes apenas cumpriram o dever porque estavam no exercício regular de polícia -, não são heróis e nem justiceiros, são chefes de família que zelam pela segurança do povo, são militares que honram a farda que vestem, igual aos demais envolvidos numa operação gigantesca para caçar um indivíduo nocivo à sociedade.
Todos eles - sem exceção - merecem do Estado registro em seus apontamentos funcionais por ato de bravura, por participarem de ação em que expuseram em risco a própria vida.E seus detratores merecem o repúdio dos brasileiros de bem…
“Quando Diretor-Geral da Secretaria de Segurança Pública não apenas exerci função executiva como participei no campo e vivenciei de perto as ações de Policiais Civis e Militares. Atuei em operações diurnas e noturnas e senti na própria pele o valor e o destemor do policial no cumprimento de seu dever. Quem nunca este na frente do perigo não tem o direito de conjecturar para criticar!”
Edson Vidal Pinto