O País Endoidou
Os valores morais e o sentido de família está há cada dia que passa sendo reduzido a pó de traque, ficando apenas o cheiro ruim no ar. Está difícil entender a transformação tão rápida dos hábitos e costumes que os sessentões em diante não conseguem mais digerir. É verdade : pois esta nova geração de idosos que nada mais é do que o fruto da evolução da Medicina que alongou a vida dos seres humanos para idades antes nunca imaginada, salvo para alguns nonagenários de ontem que eram exceções e podiam ser considerados como criaturas ungidas pelos céus, não consegue entender a banalização da sexualidade.
E nem me refiro a licenciosidade dos jovens “ficarem” e coabitarem numa mesma alcova por puro casuísmo, pois este tipo de relacionamento já existia na velha Roma e era chamado de casamento “por usus”. Era uma maneira dos “noivos” experimentarem a vida de casados antes da celebração do matrimônio. Claro que este tipo de libertinagem gerou inicialmente uma revolução comportamental até que o armistício foi sendo aceito e hoje a “filha” família dorme na casa do “filho” família ou vice-versa como se fosse padrão normal e aceito pela sociedade moderna. Demorou mas alguns avós já acabaram aceitando referida situação com certa complacência.
De repente surge a bomba da homossexualidade com artistas de cinema, TV, cantores, jogadores de futebol e praticantes de todas as demais modalidades esportivas, políticos , além de protagonistas desconhecidos (de ambos os sexos) declararem publicamente que “saíram do armário” para confessar paixão por pessoas do mesmo sexo. Situação nem um pouco nova porque já existia referida prática desde os primórdios da civilização. Só que ditas preferências ocorriam na clandestinidade e a Igreja Católica, então dominante e com a infalibilidade papal, considerava o ato pecado mortal. No Brasil contemporâneo os gays e lésbicas aproveitaram o cenário político pintado com tintas da igualdade e logo exigiram o reconhecimento do casamento civil de pessoas do mesmo sexo.
Não conseguiram (ainda) mas lhes foi arranjado uma figura similar de contrato legal e até a simulação de cerimônia religiosa por pregadores descompromissados. E surgiram os novos casais que logo foram aceitos sem parcimônia pelas famílias bem constituídas. Só tem um grande perigo : ninguém pode chamar “gay” de “gay” porquê logo é rotulado de homofóbico e em questões de segundos é execrado pela mídia e pela comunidade politizada dessa grande turma. Um jogador de vôlei do Minas Tênis Clube por atitude similar acabou sem emprego. É o cúmulo dos cúmulos. A sociedade convive com a inversão dos valores em todos os sentidos onde as minorias impõem regras, gritam, batem os pés e são agasalhadas por medo de suas reações escandalosas e ferinas.
Mexer ou ofender um gay é declarar guerra contra a Imprensa, a ONU, os Direitos Humanos e todas as demais siglas que compõem esse grupo de gente. Deixou até de ser pecado mortal porque na entidade clerical romana muitos deles ostentam os paramentos antes imaculados. A pergunta que não quer calar : até quando vão acontecer os horrores àqueles que não aceitam o comportamento público abusivo ou a maneira de ser dessas pessoas ? Claro que ninguém quer impedir que os indivíduos tenham suas preferenciais sexuais e muito menos que deixem de se relacionar com quem quiserem, claro que não, mas a perseguição desenfreada contra os que tem opinião diferente não pode prosseguir e tem de cessar.
O ofendido que procure a Justiça; mas não que o ofensor seja publicamente desdenhado e venha ser punido com a perda de seu emprego. Afinal, onde está escrito que num país (ainda) democrático como o Brasil o cidadão não possa ter o direito de opinião e criticar aquilo que ele acha inaceitável ? Parece mesmo que estamos num país do faz de conta onde o povo não pode ter opinião própria, devendo aceitar sem contestar a vontade dos mais esquisitos …
“Pode ofender do que quiser o Presidente da República, os políticos de um modo geral, o STF, a Petrobras, o Luiz Ignácio e toda a sua caterva, mas não se atreva a ofender um gay. salvo que você não tenha amor a sua vida, nem receio que seja publicamente execrado ou não dependa de seu emprego. Porque você não pode nem imaginar a encrenca que você arrumou. É o fim dos tempos.”
Édson Vidal Pinto