Combate Sem Trégua
Não sei como a Imprensa marota vai reagir no episódio acontecido anteontem em Varginha - MG, quando a polícia Militar e Rodoviária Federal em duas ações distintas mataram vinte e cinco perigosos marginais muito bem armados que ao invés de se entregarem reagiram e acabaram morrendo.
Era uma quadrilha de assaltantes de banco em cidades de menor porte e de indivíduos de alta periculosidade, um grupo conhecido como cangaceiros deste novo século. Foi uma ação policial muito bem esquematizada e planejada que pretendeu prender os meliantes porém ante a reação dos mesmos o resultado foi o esperado. Esperado ? Claro pois quem não se sujeita ao Império da Lei e pretende enfrentar seus agentes para fugir e continuar na senda do crime tem que esperar pelo pior. Esta a única verdade do acontecido.
Mas e a Imprensa o que dirá a respeito ? Ontem mesmo quando soube dos episódios liguei na Rádio BandNews para ouvir a repercussão da ação policial e uma jornalista que noticiou o fato não deixou de cutucar o resultado das mortes ao dizer : “ que não existem testemunhas do ocorrido pois estavam presentes apenas os policiais e as vítimas”.
E é claro que outras opiniões serão acrescentadas para desmerecer a ação policial e criar dúvidas sobre a efetiva necessidade de ter matado todos os quadrilheiros. Um massacre ocorreu dirão os ideólogos do mal. E a Polícia terá de explicar mil vezes o porquê de tantas mortes como se estas fossem de pessoas inocentes, puras e virtuosas. Claro que o Luiz Edison quando ler a notícia perderá o sono por um mês até achar uma maneira de impedir que a Polícia mineira combata os criminosos sem uso de armas mas espargindo sobre eles pétalas de rosa. Tal como fez no Rio de Janeiro e os morros se tornaram reduto do trafico. Quanta hipocrisia.
Fui Diretor-Geral da Secretaria de Segurança Pública do Paraná e não fiquei apenas atrás de uma escrivaninha cuidando das finanças e burocracia da Pasta como coordenei, a pedido do então Secretário dr. Antônio Lopes de Noronha, diversas ações policiais no campo da ação policial e senti de perto o valor e a coragem dos homens e mulheres que integram as forças policiais com risco de suas próprias vidas. Estive lado a lado com delegados e agentes de polícia de alto conceito moral, bem como, com a oficialidade e soldados da Policia Militar zelosos e cumpridores de seus deveres, sempre mal remunerados pelos governantes e as vezes até desconsiderados pela própria sociedade que defendem, mas todos com igual espírito de Justiça.
É claro que também existem dentre eles as ovelhas negras assim como elas estão presentes em qualquer outra carreira do Serviço Público, pois não existe infalibilidade humana. E atualmente no país com o aumento crescente da criminalidade é imperativo que as Polícias Civil e Militar dos estados possam agir com efetividade no confronto com os criminosos sem receio de sofrerem reprimendas administrativas e nem críticas ofensivas, salvo quando ficar evidente a desproporcionalidade da ação. E esta só é aferível depois de instaurado procedimento próprio “interna corporis” e nunca no flagrante do acontecimento.
É como faz a Polícia norte-americana. Nenhum policial pode sofrer antecipadamente a censura pela possibilidade de vir matar um delinquente quando este tenta reagir a prisão. E a crítica maliciosa e impertinente da Imprensa inibe e desprestigia as Instituições Policiais prestando um desserviço para a sociedade . E que as mortes ocorridas em Varginha não se preste para moralistas de ocasião e nem esquerdistas de carteirinha fazerem queixumes nas tribunas das Casas Legislativas , nem protestos de familiares pedindo justiça em vias públicas e muito menos censuras em templos religiosos. Pois quem escolheu na vida viver perigosamente e contra a Lei, mais cedo ou mais tarde sabe muito bem que sempre encontra aquilo que merece ..
“A violência é tanta no país e a criminalidade tão crescente que o Estado tem de reagir para não ser subjugado pelos marginais. E violência gera violência. Cabe aos policiais Civis e Militares todo crédito e empenho para defender a população até as últimas consequências.”
Édson Vidal Pinto