Não É Hora De Brincar
Sei muito bem que hoje é dia de descanso, de passeio pelos parques da cidade, almoçar fora, curtir a família e dar atenção à criançada sempre sequiosa para merecer a atenção dos adultos. Num ano atípico e de muito sofrimento com perdas de vidas em razão de um vírus chinês perigoso que mudou o comportamento das pessoas humanas no planeta porquê impôs medo obrigando o isolamento social, o uso contínuo de máscara e de álcool gel como medidas preventivas até que surgiram as vacinas que fizeram arrefecer a pandemia e devolver aos poucos a alegria de estar vivo.
E por ser domingo sem aquela tensão emocional e nem preocupação para não ser contaminado porque parece que estamos no olho do furacão, quando a violência do vento e da chuva destruidora amaina a ponto de parecer que o pior já passou, mas não podemos olvidar que a outra parte da tormenta está prestes a chegar trazendo igual porção desoladora e nuvens de incertezas. O momento exige cautela e muito bom senso. A terceira cepa do vírus agora vinda da África já está começando a se alastrar e se as autoridades do país não atentarem para o perigo, prevenindo para não remediar, nossos próximos domingos serão iguais àqueles outros que passamos em plena pandemia com as ruas, os parques, as praças vazias e as pessoas com receio de saírem de suas casas.
Pois o perigo do vírus existe e não é hora de brincar. Carnaval do próximo ano não deveria nem ser cogitado para não atrair turistas vindos de outros países e nem possibilitar multidões de foliões desfilando pelas ruas das principais cidades, com risco de serem contaminados pela COVID. Será que não bastaram as perdas de vidas preciosas e nem o pranto de famílias enlutadas para servir de pretexto mais do que válido a fim de que sejam adotadas medidas menos amarga para impedir a propagação do vírus africano entre nós, usando agora da experiência e conhecimentos mais eficazes para evitar a repetição de um passado recente.
Exigir passaporte sanitário de estrangeiros que chegam no Brasil é o mínimo que o bom senso impõe. E se ainda estamos no meio do olho do furacão dá tempo para evitar o pior, sem fechar o comércio para não comprometer ainda mais a economia do país e o bolso dos empresários, nem dos profissionais liberais e muito menos dos autônomos. O Poder Publico está com a faca e o queijo na mão para resolver o impasse sem necessitar de ato despótico e arbitrário. Chega de pensar em isolamento social e para isto é necessário que haja rígido controle das pessoas que chegam no país e que devem se sujeitar as regras impostas pelas autoridades sanitárias.
E não afrouxar as medidas preventivas até aqui adotadas, com nova vacinação se necessária e muita propaganda institucional do governo esclarecendo a real situação e perigo da nova cepa. Não queremos mais nossas crianças fora das escolas, nem trabalho em casa e muito menos ensino pela via eletrônica; pois temos necessidade de viver em sociedade e conviver com aqueles que nos são caros e outros tantos que nos cercam. Ninguém vive em uma redoma e nem dentro de uma jaula, pois somos humanos e no domingo pelo menos não podemos perder o nosso direito de ir e vir pelos caminhos de nossa terra …
“Urge medidas oficiais para previnir a propagação do vírus oriundo da cepa Africana. Ninguém deseja retornar alguns meses atrás e viver sufocado pelo medo de morrer. Já existe aprendizado e conhecimento técnico para evitar a propagação do vírus. O momento é sério e não para brincar.”
Édson Vidal Pinto