Edson Vidal

Já Estou na Trincheira.

 (Crônica No. 3.191). Cheguei ao meu limite e não vou esperar mais, quem deveria agir para impedir a posse de um ladrão preferiu cruzar os braços e ficar jogando basquete dentro dos quartéis; eu como patriota e bom de briga a partir desta data vou para a trincheira. Minhas crônicas será minha metralhadora para desmascarar as mentiras, as negociatas, o desgoverno e a gastança pública que levará o país para o caos. As granadas serão representadas pelas minhas criatividades e ironias para descrever as performances de um governo obtuso, onde um ladrão até o último dia de seu mandato vai viver enclausurado e rodeado por colaboradores medíocres e seguranças compostos de uma polícia federal subserviente. E não temo ser processado  e nem enfrentar o paredão, porque sempre escrevi o que é verdade e nunca critiquei apenas por criticar, mas censurar o que estava errado. Não invento fato porque não minto, nem cito nomes senão quando tenho certeza absoluta de seu personagem como protagonista de algum absurdo. Não calunio ninguém e quando digo que o Luiz Ignácio é ladrão basta ler as provas contidas nos processos da Lava Jato (em trâmite) e as decisões do Juiz sentenciante, que foi anulada, como também, às do TRF 4 e do STJ que ratificaram as condenações do nominado meliante. E não é porque o STF anulou os processos que excluiu o réu de seu pejo de ladrão. Pois quem rouba ou furta em ações de conhecimento publico recebe de pronto o “título” de ladrão, independentemente de chancela legal, não podendo por isto nem defender a honra que não tem. Minhas críticas nunca foram dirigidas aos STF, mas exclusivamente aos seus péssimos inquilinos, homens e mulheres sem lustro e cegos por serem politiqueiros e não Juízes. Tenho birra dos políticos profissionais pela culpa que têm do país andar para trás, por faltarem com a devida obediência ao Império das das leis, a falta de amor pela ética e por não exercerem a tarefa de fiscalizar e cumprir os deveres impostos na Constituição Federal. Também não morro de amores  pelas autoridades públicas (Ministros e Secretários de Estado) sem luz própria, quando são 
marqueteiros de ocasião e postulantes à cargos eletivos. E da minha trincheira quero enxergar longe, usar binóculo de longo alcance inclusive para perscrutar o escurinho do cinema, para ver se não tem tramoia ou maracutaia sendo entabulada para desgraçar o país. 
- E eu estarei ao seu lado : como um sentinela indormido ! - bradou o Tucides. 
- Obrigado, meu amigo. Mas não seremos um exército de Brancaleone , não! Pois não vamos lutar por direitos de uma terra que não temos; mas para defender a terra em que nascemos. Nosso exército contará com milhões e milhões de brasileiros que estão inconformados com uma eleição duvidosa, manchada pelo medo de uma investigação que pudesse trazer a nu a verdade de um resultado solapado, o que seria o fim de uma Justiça Especializada. E juntos vamos todos combater o bom combate, custe o que custar, porque jamais cederemos um só palmo de nossa terra para quem quer que seja. Meu arroubo patriótico estava nas alturas, quando, de repente, olhei para o Tucides que segurava dois baldes cheios, um em cada mão:
- Mas o que é isto, meu amigo ? Onde você pretende levar estes baldes ? O que é isto mole, que está dentro deles ? - perguntei. 
- Cocô, muito cocô …- foi a resposta curta e grossa. 
- E  vai fazer o quê com isto ?
- Vou levar na posse do homem …
- E jogar ?!
- Sim, jogar tudinho nele !!
- Mas não será possível: você estará praticando um crime e será preso, processado e condenado pelo Xandão.- ponderei para evitar que o pior aconteça ao Tucides.
- Nada disso, não se preocupe. - respondeu calmamente o meu amigo e sentinela, para daí arrematar :
- Se o Chico Buarque jogou merda na Geni; por quê eu não posso jogar cocô no Luiz … 


“Serão os quatro próximos anos dentro da trincheira, com muita munição, garra, ironias e estratégias. Em cada crônica um petardo, com algumas delas voltadas ao cotidiano, porquê, nem sempre, o homem vive guerreando. Existem armistícios, como descanso para a tropa, e a paz quando o adversário sucumbir. Por quê? Porque esmorecer, jamais!”

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