Bom Humor o Néctar da Vida.
Quem não tem seus altos e baixos na vida e momentos que gostaria de nunca ter vivenciado ? Com certeza ninguém. Nossos problemas são os de sempre, só muda de endereço, bairro e cidade porque além da falibilidade humana também lutamos bravamente para alcançar um cotidiano que seja só nosso, como se isto fosse possível. Mas não é. E por quê ? Porque castelo, príncipes, princesas, fadas e carruagem de abóboras só existem na imaginação em forma de sonho que desde criança alimentamos em nossa mente e que buscamos sem parar. Daí as frustrações quando um obstáculo surge no caminho da existência; nos abatemos, ficamos acuados, remoendo o problema como se fosse o fim de tudo, por menor que ele possa ser aos olhos dos outros, pois quando se trata do sapato apertar o nosso dedo do pé o problema sempre é maior e não tem semelhança com os dos outros. Somos egoístas até para enfrentamos nossas próprias dificuldades. Quem coloca um filho no mundo sabe que a responsabilidade do casal amplia, as preocupações são crescentes na medida em que o rebento vai transpondo as fases da idade e cuja vigilância sempre próxima aos poucos vai sendo relaxada até ele, por si só, se desgarrar do jugo paterno. Mas o vínculo de preocupações é perene. Imagine uma família com mais filhos? Cada um com o seu jeito próprios encarar a vida, com aspirações e sonhos diferentes, embora filhos de uma mesma mãe e de um mesmo pai, cada um é cada um, com personalidade e metas próprias. E o casal sem filhos tem também seus próprios percalços, diferentes, mas tem. É bom que fossem, por pior que sejam, apenas desencontros comportamentais e de ideias, porque piores mesmo são os desastrosos embates por questões de saúde, alguns passageiros e outros trágicos. Estes são problemas nem sempre vencíveis e que tornam as pessoas impotentes. Nestas rápidas pinceladas do casulo de nossas existências, pois todos eles são parecidos, de duas uma : ou nos tornamos amargos e enxergamos um dia ensolarado como sendo uma pequena pausa para uma grande tempestade; ou extraímos de nosso interior uma força hercúlea repleta de vontade e otimismo para enxergar além do problema uma luz de esperança do outro lado do túnel. São as duas opções que restam. E por quê não optar pela segunda ? Pois ficar de mau humor e carregar o peso do problema nas costas para descarregar toda a raiva naqueles que nada tem haver com a situação de desgosto, não parece justo e nem ao menos justificável. Então ? Porquê não esboçar um leve sorriso nos lábios e tentar transmitir alegria para que os outros possam retribuir com igual carinho o pequeno gesto labial? Ou dar um “bom dia” para o desconhecido que passa ao lado ? São pequenas atitudes que ajudam a temperar o próprio espírito e fazer esquecer as dificuldades enfrentadas. Lembrando sempre que o nosso problema não pertence aos outros, e estes não tem o porquê de serem afrontados por nós e muito menos a obrigação de aceitarem nossa falta de educação.
Isto mesmo : falta de educação. Não é porquê fomos contrariados, nem porque estamos em dificuldades ou sofremos com a dor da perda, que queremos ser vítimas de nosso próprio infortúnio; pois este (o infortúnio) não é privilégio nosso pois abrange há todos, sem cerimônia e nem distinção. Não existe felicidade para sempre e nem desgraça que não acabe, afinal o caminho da existência é o mesmo para todos nós, o que são diferentes são os percalços, a sorte, os momentos e nada mais.
É por isto que exteriorizar o bom humor torna mais leve o peso das nossas dificuldades e dá um ritmo mais alegre para prosseguirmos nossa jornada. É verdade. Porquê olhar os outros com cara feia, vó máscara que não é nossa, só serve para atrair maus fluidos, além de nos tornar tristes, indiferentes e solitários…
“Quem não tem problemas? Todos nós temos. Pois a vida não é um mar de rosas, e quem assim achar é porque não cresceu, nem abriu os olhos e nem teve que lutar para ter seu próprio lugar ao sol. Viver é uma arte; um aprendizado que exige percepção, serenidade e alegria. Tudo o mais é descartável.”