Siglas inesquecíveis.
Existem nomes de firmas comerciais que marcam gerações e ficam gravadas na memória, como um retrato de época e símbolo de economia e empreendedorismo. Nomes do comércio curitibano como a Casa Glaser (Glaser Presentes), Chocolates Basgal, Casa da Manteiga, Confeitaria das Famílias, Bar Stuart, Senff Ferragens, Prosdócimo, Hermes Macedo, Livraria do Chain, Farmácias Minerva, Casa do Disco, Casa Ling, casa Mazer, Indústria Müller, Fábrica Lucinda, Impressora Paranaense, Casa Tarobá, Loja Auto Paraná, Oficina Laffitte,
Joalheria Aizental, indústrias Todeschini, Casas Lorusso, Calçados Clark, casa Prata, Pastelaria Ton Jon, Casa Sloper, casa Schiear Calçados, Casa Nickel e tantas outras que fizeram o imaginário dos consumidores e contribuíram para o progresso da cidade. E depois de algum tempo as siglas serviram como logotipo que deixava na memória do povo a lembrança de certas empresas sem a necessidade do uso de muitas letras. A tradicional empresa férrea rotulada de Rede Viação Paraná - Santa Catarina passou a ser conhecida pela sigla RVPSC, que no dito popular acabou sendo traduzido para “Rute Viu Papai Sem Calça” , ou então : “Restaurante Vagabundo Pastel Sem Carne”. E a Viação Aérea Rio-grandense , a inesquecível VARIG por gozação passou a ser chamada de “Vários Alemães Reunidos “Inganando” Gauchos”. A turma lá dos pampas ficava fula da vida com a brincadeira que “pegou” em todo o país. Ah, também existia uma empresa aérea regional que cobria a região norte do Brasil, que era chamada Paraense Transportes Aéreos cuja sigla era PTA, que a voz do povo apelidou de “Pobres Também “Avoam””. Lembrei de memória alguns nomes de firmas comerciais, empresas e siglas apenas para dar uma cena de fundo para a crônica de hoje. Ontem com o rádio portátil ligado na BandNews, por volta do meio dia, escutei uma notícia em que o Luiz Ignácio realmente está disposto a igualar os desiguais do país e por isto entabulou o primeiro programa de seu governo objetivando que os pobres também possam viajar de avião, porque pelo preço que as companhias aéreas cobram ninguém que ganhe menos de seis mil reais por mês tem condições de voar. Segundo a notícia o governo federal pretende combinar com as empresas aéreas que os lugares vagos de cada viagem possam ser vendidos por duzentos reais por trajeto de voo, sem nenhum subsídio do governo a fim de poder lotar os aeroportos. Tudo bem, nada contra.
Pode ser que alguém critique o plano governamental por birra ou por não gostar de sentir dentro de uma aeronave fechada o cheiro do povo, mas o Tucides aplaudiu a ideia.
Ele com toda a sua criatividade já está negociando com os novos grupos que são donos dos aeroportos para colocar no “finger” (corredor que liga a porta de saída de embarque do aeroporto até a porta de entrada da aeronave) quiosques para vendas de desodorantes, saquinhos de vômito, Alpargatas Roda, latinha de Pastilhas Valda e kit completo de máscara de mergulho com tubo de oxigênio …
“Se hoje com o preço da passagem aérea que custa o olho da cara viajam passageiros que nunca ouviram falar em higiene, usam bermudas imundas, camisetas suadas e tênis que exalam chulé por todo o aviao; imagine uma passagem custando duzentos reais. Nada de discriminação, em absoluto, nem de soberba, mas de defesa da saúde pública. Máscaras já e seja o que Deus quiser.”