O Fim de Uns Cometas.
Na vida pública tem figurantes que aparecem e desaparecem como um passe de mágica, as vezes estão no melhor do bem bom e de repente nunca mais ninguém nem sabe aonde o sujeito foi parar. São verdadeiros cometas que atraem a atenção de todos quando está rasgando o céu e desaparecem sem deixar vestígios. E são muitos, principalmente no mundo político, que serve de palco para todos os atores e apenas alguns permanecem pendurados no pano da cortina, pois a maioria perde o bonde da história. Dias atrás falei do Xandão - o Xerife com a estrela petista no peito - que fugiu de cena como o diabo foge da cruz. Pois desde que o Luiz Ignácio tomou o poder ele depois de prender milhares de pessoas como predadoras de prédios públicos em Brasília, sumiu da mídia, abaixou o tom de voz e está amorfo como flor mantida em algodão com álcool. Ele sumiu ? Ou está dando tempo ao tempo para voltar a agir contra os traidores da Pátria? Eis uma questão relevante e assaz importante. Por quê ? Porquê ele ainda não sabe distinguir quem são os predadores e quem são os patriotas. O clima do país está tão indefinido que nesta altura dos acontecimentos, em que o Luiz Ignácio fez ataques e ameaças diretas contra o senador Moro, que até o Alckmin resolveu tirar o time de campo a fim de resguardar a pouca dignidade que ainda lhe resta. Como ? Ora, depois de dizer mil palavras ofensivas contra o seu ex-inimigo mortal , acabou por agasalha-lo para se prestar como seu vice na chapa da chamada “parceria impossível”. Ele agora está engolindo seco, sapos e lesmas, mas sonhando na expectativa de que a aposta que fez possa dar, em curto espaço de tempo, bons frutos. Pois ele melhor do que ninguém sabe : que ser vice não é porcaria nenhuma e não vale absolutamente nada. Mas pensando bem, são inúmeros os “cometas” e se fôssemos falar de todos daria para escrever uma obra bisonha , porém, com centenas de livros. E o capítulo principal do primeiro deles seria escrever sobre o cometa-mor dos desaparecidos : o posudo João Dória, que também foi governador de São Paulo, falou mais sobre a COVID, proibiu o trabalho produtivo e fechou portas de estabelecimentos comerciais e industriais como se fosse um tirano ditador de republiqueta sul-americana . O Dória foi um político que deu um tiro no próprio pé e saiu mais tosquiado que fuselagem de ônibus espacial. Foi uma piada sem graça que sucumbiu pela própria língua. Como político não deve mais se eleger nem para síndico do próprio prédio. Enfim, uma coisa é certa, quem não tem luz própria não deve se meter no mundo escuro da vida pública, pois só os iluminados são lembrados porque são decentes, honestos, sabem medir as palavras e são leais nos seus propósitos de servir, sem nunca almejarem serem servidos …
“Tem político que parece tocha de balão; muito fogo e luz quando sobe, as vezes sem fogo para permanecer no ar, mas quando desce está sem nenhum brilho e sujo. Eles são muitos, felizmente não vão longe e quando vão, tentam subir, mas a biografia pesa e ele fica no chão.”