Edson Vidal

Mediocridade.

A classe política há cada dia que passa está mais podre do que estava, parece que o tempo se presta para mediocrizar ainda mais essa estranha troupe de “funcionários públicos” privilegiados que ingressam no ofício publico através de eleição e adquirem iguais direitos daqueles, concursados, com todos os direitos funcionais destes mas de maneira vergonhosa.  Pois tem “direitos” a vencimentos idênticos aos dos Ministros do STF, aposentadoria, 13o. Salário, recesso (férias), e alguns por ter exercido o cargo de Presidente da República com uma mordomia que dá inveja até aos melhores astros do cinema americano. Para bem qualificar essas figuras públicas (com raras 
exceções é claro) vale reproduzir  trecho de uma música do inesquecível menestrel Juca Chaves, gravado em disco em pleno Governo Militar, quando numa estrofe em forma de sátira, porém verdadeira,  ele disse:
“A mediocridade é um fato consumado,
Na sociedade onde o ar é depravado,
Marido rico, burguesão despreocupado,
Que foi casado
Com mulher burra, mas bela,
O filho dela é político ou tarado.
Caixinha, obrigado.”
E não é uma realidade ? Basta olhar o cenário local e nacional para essa constatação. A nível nacional, por ser a notícia mais atual, é a pretensão do Luiz Ignácio de querer uma moeda única para valer entre os países do Mercosul, que em outras palavras seria instituir um dinheiro para circular entre países maltrapilhos, rotos e falidos. Ou a Argentina e a Venezuela não estão “quebrados”? Mas o mentor da ideia com toda a soberba que lhe é peculiar não perde a pose e teima em querer ser o chancelar da América do Sul, um ditadorzinho dos pobres e oprimidos para poder peitar as grandes potências livres e soberanas. Em suma: um megalomaníaco genuinamente “filho do Brasil”. Quem tem vergonha fica enrubescido e quem votou “nele” que permaneça com cara de vão de cerca. E os políticos do Paraná ? Uns Maria Mole que não servem para nada, sempre com olhos fechados e ouvidos de mercador porque não querem brigar e nem tomar partido contra ninguém, muito menos com àqueles que detém o poder. Um exemplo ? A Rodovia BR 277 que liga Curitiba à Paranaguá que há anos atrás foi pedagiada, com cobrança tida como cara, mas tinha toda a segurança para trafegar e assistência 24 horas; hoje em estado de quase abandono, com acidentes diários que se prestam para a Polícia Federal e o DENIT fechar a estrada para subir ou para descer ao litoral,  causando prejuízos milionários ao estado do Paraná e aos produtores que utilizam da rodovia  para escoar as suas safras pelo Porto de Paranaguá. Um transtorno para os usuários do trecho e habitantes das cidades litorâneas, sem nenhuma manifestação do Governo e muito menos dos deputados com assento na Assembléia Legislativa. 
Estes não  se dignaram em levantar de suas cadeiras para exigir atenção e providências urgentes do Governo Federal para equacionar os problemas de acidentes entre veículos, tombamento de caminhões e deslizamentos de grande quantidade de terra que caem das laterais  dos morros. Não há quem  não reconheça o perigo que é trafegar por esta rodovia. E nada do pedágio. E tudo fica o dito pelo não dito, o novo pedágio já foi prometido há tempos atrás mas para um governo populista está difícil achar um preço que não se aproxime do que era anteriormente cobrado, e isto desagradaria o Chefe. E esta situação vai perdurar até quando ? Pelos políticos, para sempre -, e o povo que sofra, por tempo indeterminado, ou até as próximas eleições. Daí esta turminha vem pedir nosso voto, prometer o mundo e o fundo, mas na verdade só para enganar pois eles sabem que a maioria dos eleitores  nao passam de Mané , um tipo de indivíduo que o Luís Roberto Barroso conhece muito bem … 


“A classe política de hoje  é o clero da Idade Média de ontem; com todas as benesses do Poder e privilégios sem freios. Com raras exceções, a esmagadora maioria administra ou legisla em causa própria. São os verdadeiros Marajás da República.”

Atenção: As opiniões dos nossos colunistas, não expressam necessáriamente as opiniões da Revista Ações Legais.