O General Inverno?
Será que uma primeira baforada de vento frio de outono arrefeceu os ânimos dos soldados da Gleisi Lula Hoffman? Parece que alguns invasores foram defenestrados pelo ar gélido da noite; a viola que animou as noitadas quentes foi para o fundo do baú.
Os ocupantes das imediações da Superintendência da Polícia Federal necessitam de apoio imediato, sob pena de perderem a posição e abandonarem o Rei da Pinga. É sempre assim: ninguém aguenta muito tempo fazendo arruaças sem resistência, o bom mesmo para os “movimentos populares” é quando um ou dois de seus militantes são mortos ou sofrem violência física.
A propósito conto um episódio acontecido nos idos de 1.985, quando eu estava Diretor-Geral da Secretaria de Segurança Pública do Governo Álvaro Dias, sendo o Secretário da Pasta o Dr. Antônio Lopes de Noronha, este me pediu para coordenar a desocupação de uma área de terras reflorestada, invadida pelo Movimento dos Sem Terras.
A retomada da posse estava escorada em decisão judicial. Tomei todas as medidas, reservei aporte econômico suficiente para mobilizar o Batalhão de Choque da Polícia Militar, com gasolina, alimentação e munição se houvesse necessidade. O Comandante-Geral e o Chefe do Policiamento do Interior (CPI) deslocaram trezentos e cinquenta homens para a região invadida.
Para evitar excessos eu fui testemunha presencial da operação militar, que foi devidamente gravada por câmeras de vídeo-tape. Documento precioso para demonstrar a atuação da PM e a reação dos invasores.
Antes de entrar na área a Tropa ficaram de frente para os invasores, cada soldado perfilado, ombro a ombro, todos armados conforme planejamento estratégico elaborado pelo Estado-Maior. O Batalhão de Choque é considerado de elite, pois seus integrantes são rigorosamente treinados e disciplinados. É obediente a ordem de comando. Para enfrentá-los, numa primeira fila vieram às crianças, arremessando pedras contra os soldados. Estes se defendiam com os escudos que portavam. Depois, na segunda fila, vieram as mulheres segurando latas de excrementos e arremessavam contra seus “inimigos”.
E finalmente, em uma terceira fila, vieram os marmanjos com gritos histéricos, gestos ameaçadores com paus e foices, cuspindo e provocando os militares à atirarem. E um destes homens fardados, não aguentando tanta provocação e desaforo, apontou sua arma para o chão e apertou o gatilho. O projétil disparado acertou o dedo do pé de um Sem Terra. Suficiente para a Imprensa Nacional e Internacional destacar como manchetes de primeira página, a violência da Polícia Militar paranaense.
E o pior: no dia seguinte o Governador recebeu mais de quinhentas representações de órgãos de Direitos Humanos, OAB e do governo Cubano, exigindo providências rigorosas para punir o autor do disparo e a destituição de seus comandantes. Deste episódio em diante o Governador não autorizou mais nenhuma imissão de posse no Estado, quando as invasões fossem feitas por Sem Terras. Omissão que perdurou nos governos do Requião, sem qualquer reação por parte do Judiciário.
Claro que essa tolerância fez crescer o Movimento Guerrilheiro no Paraná, porque o Estado olvidou do direito dos legítimos proprietários das terras invadidas. Hoje, esse grupo de desocupados e violentos acha que podem tudo é por isso desafiam o Estado Democrático de Direito. Além de receberem ajuda econômica, seus membros são aquinhoados até como cursistas de Direito na Universidade Federal do Paraná. Muitos dos professores desta são declaradamente comunistas de carteirinha.
O MST está aparelhado e pronto para colocar fogo na democracia. Não lhes faltam Lula, Gleisi, Requião e Lindenbergs para lhes incentivar e realizar atos fratricidas; e agora teimam em querer que o Rei da Pinga, seja solto. Só que precisa de fôlego novo cada dia, para suportar o frio e a chuva, necessitam as presenças físicas de seus “líderes” e professores simpatizantes. Estes, muito espertos, quando cai à noite se aninham em suas casas e dormem um sono reparador. Militante sempre é e será um inocente útil, que acredita em ideologia e desconhecem as reais intenções de seus dirigentes. Estes almejam serem os ditadores do proletariado.
E que a raia miúda, a gentalha, continue praticando atos de vandalismo e se sujeitem a serem vítimas para o bem da Causa. Quem vai combater essa guerrilha? Pena que tudo mudou hoje em dia as autoridades vive nos seus próprios mundos, ignorando que lugar de desocupados e baderneiros é na cadeia!
E não nas universidades e nem esparramados nas vias públicas...
“MST é guerrilha muito bem montada e planejada. O Estado não pode mais ignorar suas ações atentatórias à democracia. As leis existem para serem cumpridas. E ninguém está acima da lei!”
Edson Vidal Pinto