Barbosa e o Medo de Subir em Cavalo Encilhado.
Evidente que o aventado candidato à presidência da república Joaquim Barbosa, não permaneceria no páreo. Ninguém de sã consciência, sendo servidor público, concorreria para alcançar tão invejável e espinhosa missão para no final morrer de fome. Quem não tem bens de raiz e nem riqueza proveniente de falcatruas, sabe muito bem que cargo público não deixa ninguém rico.
A exceção sabidamente tem nome e sobrenome de notórios peculatários de lesa pátria. Não que o Joaquim fosse o mais indicado dentre os pré-candidatos para colocar de pé e a ordem à nação; quem o conhece sabe que ele não tem tutano para isso por ser uma pessoa controvertida e sem constância, apesar de ser ficha limpa por não ter no seu histórico de vida nenhum olhar para propinagem e desonestidade.
Obrigação rara atualmente entre os homens públicos. Ele sabe muito bem quanto ganha um Juiz aposentado, sem penduricalhos, descontando a previdência, deduzindo o IR retido na fonte e pagando Plano de Saúde, cuja sobra líquida mal dá para quitar os encargos do mês. Claro que no caso dele que é professor universitário tem um Plus no seu salário, além de receber por conferências proferidas em eventos e universidades.
Ele com certeza não abdicariam de um ganho mais compatível em troca de um único cargo público. Bobo ele não é. Deverá apoiar o PT ou a enigmática Marina. Salvo que opte em viajar para o exterior. Quem sabe? Nem ele é capaz de responder esta pergunta. Outros, no entanto continuam com disposição de disputar a presidência. O Álvaro tem votos no sul e não tem no norte e Nordeste; o Ciro tem algum voto no Nordeste e no norte e não tem no sul. A Marina tem votos anônimos; pois é sempre difícil de saber onde estão seus eleitores.
E o PT do Lula ou sem Lula parece ter voto pingado em todos os lugares. Por seu turno o Bolsonaro com certeza tem os votos dos que são frontalmente contra o PT e não votam no Álvaro Dias. O Alckmin ao que parece entrou em uma canoa furada; sua candidatura não decolou porque os caciques de seu partido estão atolados na lama da corrupção.
Portanto a disputa ao que parece ficará polarizada entre o candidato da esquerda e o Bolsonaro. Se este último tiver expressiva votação no primeiro turno e não precisar de muitos votos para se eleger terá vitória certa.
Porém se não for bem votado no primeiro turno a possibilidade da vitória ficará reservada ao candidato de tendência esquerdista pela aglutinação final dos votos. Pelo menos é o que indica a atual probabilidade à luz de uma grosseira e simplória análise de quem não é partidário e nem nutre preferência ideológica. Espero no final do pleito ser cobrado pela minha ousadia de tentar ser o que nunca fui: um vidente!
“Joaquim deu no pé, fugiu da raia e nem montou no cavalo encilhado que passou na sua frente. A tendência favorece o Bolsonaro se ele não precisar de muitos votos no segundo turno. Caso contrário, no alinhamento ideológico dos votantes, ganhará o candidato de esquerda”.
Edson Vidal Pinto