Um Planeta Diferente.
Texto extraído de uma parte da História. “Nevou muito a noite, porém a máquina de calor derreteu o excesso que caiu sobre o asfalto, liberando, assim, o tráfego para pouso dos dronemoveis”. O sol artificial está refletindo calor suficiente para animar os habitantes de Brasílis. Graças ao vento estocado em bisnagas metálicas, cada pessoa pode se refrescar como bem entender.
Na Praça dos Dezoito Poderes da República foi erguido um monumento monolítico em homenagem a grande inventora e líder guerrilheira Dilma Roussef, que pela sua descoberta foi cognominada de “Mãe da Pátria Celestial”. Em homenagens no novo mundo , ela apenas perde para o Luiz Ignácio, “O Grande Timoneiro da Propinagem Explicita”. Ele acabou morrendo nas masmorras dos tiranos, porque pelas somas de suas penas ele estrebuchou de velho. Contudo sua passagem na terra está perpetuada no Livro da História de Brasilis. As novas cidades foram construídas nas encostas dos morros, estabelecendo plena igualdade entre os habitantes, agora todos chamados de “favelados”.
As moradias foram construídas pelo programa governamental “Minha Casa, Meu Barraco”, cada um com 45m2, todos pintados de vermelho escarlate, paredes de papelão endurecido com cola de sapateiro e telhado de sapé. Uma “gracinha” como diria Hebe Camargo. O único líder e detentor dos Dezoito Poderes é José Dirceu XVII, descendente daquele que em 2.018 aterrorizava um planeta extinto que explodiu nas mãos do Temer.
Explosão provocada é bem verdade pelos Lulapetistas, na célebre batalha da República de Curitiba e que foi comandada pelo intrépido Dr. Rosinha contra as tropas federais de Carlos Marun. Dizem que um dissimulado alcunhado de Maria Louca é que teria apertado o botão do Kim,implodindo o planeta terra.
O único foguete que conseguiu levantar voo antes da fatídica explosão foi da indústria brasileira, da Barreira do Inferno, no Rio Grande do Norte. Nele estava escondido o José Dirceu, para não ser preso, e seus fiéis admiradores. Brasilis é um mundo de igualdades, ninguém tem nada, só dronemoveis, de dois lugares, fabricado pelo Estado e distribuído para operários graduados. Estes veículos são movidos com vapor de água, aquecidos a duzentos graus de temperatura. A gasolina é relíquia em Brasilis.
O preço do litro não permite ostentação e nem exageros; a quantidade é comprada em gotas, através de conta-gotas ou seringas. Depois de comprar o produto fica guardado nos cofres dos bancos oficiais de Brasilis. Cada proprietário mostra quanta gasolina lhe pertence apenas nas cerimônias oficiais, como uma espécie de condecoração pelo esforço para sua aquisição. Prova inequívoca de muita, muita, muita economia.
Desde a época do tal de Temer, na saudosa Terra até os dias atuais de Brasilis, a gasolina é um tesouro de valor incalculável. O dono do Planeta, José Dirceu, sua família e amigos mais íntimos são os únicos que moram à beira-mar, em casas suntuosas, com TV a cabo e piscina. Os “companheiros” operários, políticos do baixo clero, atleticanos e eleitores do PT, segundo ele, são os mais privilegiados porque respiram o ar puro dos morros.
Ah! Brasilis é um planeta feliz, pertence a galáxia dos Primatas, sendo que a leitura obrigatória nos templos de Salomão é a Carta de Puebla, com prefácio do bispo Edir Macedo e tem a apresentação de Francisco. Leitura imperdível para todos os momentos em que a família estiver reunida: papai Augusto, mamãe Antônio e para os filhos João Maria e Ana Osório.
E pensar que tudo começou porque um português chamado Pedro Alvares Cabral, quis descobrir os caminhos para as Índias e acabou encalhado no litoral do Brasil...”
O texto acima é verdadeiro e dou fé.
(a) José Dirceu XVII
Brasilis, 01 de junho de 3.018.
“Tem histórias e a História. Aquelas são frutos da imaginação humana; a última é a imaginação humana que dá frutos. Dê-me o fato que eu escreverei a História. Brasilis é o fato, só que cheio de muitas Histórias!”
Edson Vidal Pinto