Edson Vidal

Retratos do Cotidiano.

Como se tivesse uma câmara fotográfica passou meio por acaso na frente da casa de um velho e tinhoso político, no bairro  Barigui, que ainda aspira manter o seu polpudo cargo eletivo, e tirei uma foto colorida.

Através da imaginária fotografia pude ver seu morador, um Profissional da típica politicalha, useiro e vezeiro em arrotar honestidade no meio de seu conhecido destempero no trato com os mortais. E como ele, neste país, existem milhares de outros políticos, que nas varias décadas que passaram nada fizeram e nada fazem de útil para o progresso e bem estar do povo. Mesmo assim, são reeleitos.

É sábio o ditado que diz: “cada povo, tem o governo que merece”. O eleitor não tem consciência e sempre cai na lábia daqueles que só têm ilusões para oferecer. E suas famílias? Mulher e filhos? Vão muito bem, obrigado. Lembro-me da musica do irreverente menestrel

Juca Chaves, que dizia, com muita propriedade e atualidade:
“A mediocridade
é um fato consumado;
na sociedade 
onde o ar é depravado.
Marido rico, 
burguesão despreocupado,
que foi casado, 
com mulher burra
mas bela:
o filho dela,
é político ou tarado!
Caixinha, obrigado.”

E além de não fazerem nada mais do que cuidar dos seus próprios interesses, têm àqueles que ainda roubam na cara do povo! E tem um em especial, que mesmo preso e cumprindo pena, ainda tem esperança de ser Presidente, e o pior, com muitos asseclas a tiracolo que acreditam nesta possibilidade.

Tudo pelo péssimo conceito que gozam os Tribunais Superiores. É a dura realidade de uma Nação sem nenhuma segurança jurídica. Mas, vou agora, mudar  o foco da minha máquina fotográfica, para tirar outro retrato, só que em preto e branco. 

O cenário é de uma Rua da Vila Isabel, bem em frente do Hospital Costantini, quando eu estava no terceiro andar, na Academia do Coração, andando em uma esteira que está próxima da janela frontal do prédio. Olhando para a rua vi um casal, bem jovem, imagino que pudessem ser marido e mulher, ele puxando um carrinho de resíduos de lixo, para no final do dia, venderem para sobreviver.

Ela caminhava ao seu lado. De repente pararam em uma comporta de lixo, de metal, tipo caixote, com porta que abre para cima e fica fixa na parte do depósito de detritos. Pude ver a alegria do carrinheiro quando ele retirou de dentro da caçamba, um capacete de motoqueiro, que fora jogado ali para ser levado a um aterro.

Ele gritou de felicidade. A moça ficou admirada. O rapaz está colocou o capacete na cabeça, abaixou o visor, e logo imaginei que ele naquele momento puxaria o seu carrinho como se fosse uma moto importada. Tal a satisfação de ter encontrado no lixo um presente que jamais sonhara que pudesse ter na vida.

E sem delongas, tirei minhas conclusões. Como é fácil agradar as pessoas simples, não é mesmo? Como seria bom no os políticos se preocupassem um pouco com o bem estar do povo; defendendo as políticas públicas, zelando ela saúde publica, segurança e educação. E buscassem ajudar o país a sair da crise econômica e abrir postos de trabalhos para os desempregados. Utopia? Claro que não, bastaria que os eleitores renovassem a política, defenestrando o velho ranço dos políticos e ideólogos que pensam sós nos seus próprios umbigos. Gente chega dos mesmos!

“Insisto na tecla de que chegou a hora dos eleitores votarem bem.  Diga não aos fichas sujas. Vamos depurar a política. Cabe exclusivamente a cada um de nós, através do nosso voto, dar um novo rumo ao Brasil. Chega dos mesmos!”

Atenção: As opiniões dos nossos colunistas, não expressam necessáriamente as opiniões da Revista Ações Legais.