Verdade, Nada Mais do que a Verdade!

Às vezes sou traído pela minha imaginação fértil, pois quando penso em escrever surgem mil e uma histórias ao mesmo tempo. Claro que procuro variar  os temas para não cair na mesmice. Pois bem: vamos supor que um meteoro veio “do outro lado” do universo e caiu no Brasil.

Era uma massa de matéria compacta que em poucos segundos contaminou todos os habitantes, obrigando todos a dizer apenas a verdade. O fato passou a ser considerado na nova história como “AM” (antes do meteoro) e “DM” (depois do meteoro). Fato que sepultou a mentira

Um jornalista esperto logo procurou tirar proveito da inédita situação  e foi entrevistar os políticos, fazendo uma única pergunta:
- O que você fez de bom para o Brasil?

Vejamos o que alguns entrevistados responderam, sem poder mentir:
- Eu (Temer) não fiz nada de mais, o Coronel Lima fez por mim!
- Eu (Lula) enganei, roubei, enriqueci,  sou idolatrado e “tomei” literalmente tudo que tinha direito!
- Eu (Dilma) prestigiei o Foro de São Paulo e nomeei o Fachin!
- Eu (Mercadante) não sei bem por que fui Ministro da Educação, se não sei para que servem os livros!
- Eu (Alckmin) pretendo ser a continuação do Temer,  só sem a Marcela!
- Eu (Marina) sempre fui um casulo e nunca chegarei a ser uma borboleta!
- Eu (Renan) ajudei o país a pagar pensão para minha amante!
- Eu (Gleisi) sempre falei da tribuna do Senado, mesmo sabendo que ninguém me dá crédito, porque só digo o que não devo!
- Eu (Requião) que gosto de ofender, maltratar mulheres, pregar a Carta de Puebla, mentir e andar de cavalo, me ufano em dizer que ajudei o Brasil a ser o que ele é hoje!
- Eu (Beto) sou filho do meu pai, irmão do meu irmão, marido de quem sabe e corredor de automóvel. Como senador, serei isto mesmo!
- Eu (Cida) contribuo para gastar o dinheiro do erário para minha campanha, sou mãe bondosa e mão aberta, tanto é que pretendi dar um por cento de aumento para o funcionalismo publico!
- Eu (Ratinho) ainda não sei bem como vou administrar, mas se não conseguir meu pai estará presente para animar! 
- Eu (Rosinha) fui deputado Estadual e federal,  em assunto de Brasil sou um zero à esquerda!
- Eu (Álvaro) sou um pé-de-vento que não tem fôlego nem para apagar, no dia seguinte da visita que fiz, nem um mísero brasido que restou do Museu Nacional!
- Eu (Justus) fiz o que sempre fiz em toda a minha vida publica: cena!
- Eu (Traiano) sempre ajudei o meu estado dando emprego para minha família e amigos ilustres!
- Eu (Requião Filho) ajudei a... Ora deixa pra lá, sou jovem, esqueci! 
- Eu (primo do anterior e sobrinho do Requião) sou candidato a governador, não fiz até hoje nada, mas prometo futuramente dar uma “carteirada” em algum policial boçal metido a besta!
Aprendi com titio!
- Eu (Rossoni) sou um que só quer se reeleger e rezar que as leis do país, me esqueçam! 
- Eu (Ciro) lutei para o Brasil ser respeitado lá fora, pois aqui dentro eu sempre contribuo para o país não sair da crise que se meteu! 
- Eu (Sarney) dei o maior apoio e fiz de tudo para o Brasil “cair” na corrupção! 
- Eu (Maluf) nunca roubei e nem desviei dinheiro público para o meu bolso, fui induzido por amigos invejosos!
- Eu (Hauly) impedi que o Temer fosse processado, para poder governar com maestria o nosso Brasil! 
- Eu (Maria do Rosário) como comunista de carteirinha, pintei e bordei na política e só não consegui, ainda, pintar a bandeira nacional de vermelho! 
- Eu (Romário) sou um político que sabe o que o Brasil precisa: pão e bola!
- Eu (eleitor) não sou político, a bem da verdade  nem gosto de votar. O voto não deveria ser obrigatório. O que eu fiz pelo meu país? Que pergunta imbecil. Sei lá! Vá perguntar para o Papa! 

Pois ele sabe muito bem o que está fazendo por todos nós...
Claro que o repórter perguntou para outros políticos, mas os mesmos apresentaram atestado médico de que estavam com dor de garganta e proibidos de falar. Só o Rocha Loures, que insistiu, mas como sua atuação em prol do governo brasileiro ainda está viva na nossa memória, sua declaração foi dispensada...

“Ah! Já imaginou só falar a verdade, sem nenhuma mentirinha? E o pior: sendo político! Seria um inferno para todos eles. Mesmo assim, com certeza, alguns ainda iriam para o céu, com as bênçãos do Francisco!”
Edson Vidal Pinto