A Verdade Sobre as Pesquisas.
O clima de eleição quer queira ou não mexe com a tranquilidade dos eleitores, principalmente quando ela se destina para eleger o futuro Chefe da Nação, à luz da crise em que estamos mergulhados, pelos desencontros e gritos de ódios que abalam os alicerces da democracia no país.
Basta pensar um pouco para saber que estamos dentro de uma nau desgovernada, onde partes dos tripulantes para sair da calmaria remam para frente e a outra para trás. Sem um capitão que discipline e dite ordens é difícil imaginar que a embarcação possa tomar o rumo certo.
Nas mídias sociais, assim como na totalidade da Imprensa, o agito é geral; leigos e jornalistas profissionais defendem com unhas e dentes as suas preferências pelos diversos candidatos e partidos, deixando de lado a discrição e a boa fleuma. E no pleito que se aproxima é visível que os eleitores estão participando muito mais e com maior interesse do que nos certames anteriores.
A divisão havida entre esquerda e direita atingiu o auge, a radicalização e a intolerância estão servindo de buchas de canhões para dar o mote das campanhas. O eleitor quando opta por um nome de sua preferência é tão passional como qualquer jornalista que comenta política, participa de mesas redondas e opina sobre as probabilidades de vitória dos candidatos.
O senso meramente crítico destes profissionais não é nem um pouco confiável, pois eles jamais se esquecem da ideologia que professam. Ouvir comentários políticos no rádio ou na televisão exige doses cavalares de calmantes. E o mesmo ocorre quando os denominados Institutos de pesquisas publicam os números para mostrar as preferências e tendências do eleitorado.
Os percentuais para uns sobem assustadoramente da noite para o dia, como se tivesse ocorrido um fenômeno sobrenatural, porque não existe justificativa lógica. Enquanto outros candidatos estacionam ou despencam na preferência popular. Alguém já foi ouvido por algum órgão de pesquisa? Dizer que foram ouvidas duas mil pessoas, sem esclarecer onde elas estavam idade, escolaridade e se são ou não filiados a partido político, não parece que o resultado possa merecer um mínimo de credibilidade.
Não custa lembrar o que ocorreu nos Estados Unidos no último pleito, quando as pesquisas apontavam a candidata Hillary a grande vencedora, com significativa diferença de votos para o seu adversário o “derrotado” senhor Trump, deu no que deu. A vitória dos Republicanos. Por quê? Porque os pesquisadores esqueceram-se de perguntar nos pequenos condados, aos pequenos proprietários rurais, agricultores, pecuaristas, comerciantes e aos americanos da classe média, nascidos no solo pátrio, em quem eles iriam votar.
As pesquisas foram incompletas e tendenciosas. Tal como aqui. A pesquisa mais lógica sempre é aquela feita no dia da eleição, na boca da urna. Esta dificilmente falha. As outras são eleitoreiras e elaboradas para atender interesses daqueles que estão pagando. Só alguém de turbante na cabeça e com bola de cristal, nestes dias que antecede o primeiro turno das eleições majoritárias, poderá dizer que certo candidato não ganhará no primeiro turno.
Sem ser pesquisador, mas mero observador parece visível às reações do povo nos grandes estádios de futebol, nas ruas, teatros, shows e principalmente, pelas reações dos seus adversários, que estão sentindo de perto que o sonho está se tornando um pesadelo, pela própria culpa e ganância de seus militantes...
“Perguntar para os frequentadores do campo do Paraná: qual é o clube de seu coração? Dá para prever, sem titubear, o quando é grande a sua torcida. Mas quando o povo espontaneamente sai nas ruas e grita o nome de um só candidato, parece que este tem maior probabilidade de vencer as eleições. E nem precisa de bola de cristal e nem pesquisa!”
Edson Vidal Pinto