Estes Ministros Dizem cada uma.
Ontem no início da tarde estava assistindo na TV a Globo News, quando foi veiculada reportagem sobre a difamação feita por um Coronel reformado do Exército Brasileiro contra a Ministra Rosa Weber, Presidente do Tribunal Superior Eleitoral. Evidente que a intenção do militar foi despropositada e grosseira, reflexo de sua falta de educação compostura. Nada mais.
Na reportagem referida apareceu o Ministro Celso de Melo, desagravando a ofendida, logo em seguida a Ministra Carmem Lúcia dizendo o óbvio e terminou com o pronunciamento do Ministro Luiz Edison Fachin, arrematando uma pérola para o anedotário forense: “Quando um Juiz é ofendido atinge todo o Poder Judiciário”. Claro que isto não é verdade, aliás, é uma frase absolutamente fantasiosa.
Ou estou equivocado? Não é de agora que o Juiz Sérgio Moro tem recebido todos os tipos de calúnia, injúria e difamação por parte dos mais folclóricos e imbecilizados políticos esquerdistas, petistas, líder do MST e outras figuras de mínima expressão pública. Sem falar das ameaças contra a sua própria vida.
E pelo que sei li e ouvi ninguém da principal Corte de Justiça do país fez qualquer manifestação a seu favor; lembrando que ele também é Juiz, não “qualquer juiz”, mas um Juiz com jota maiúsculo.
Claro que o desagravo feito em favor da Ministra Rosa é merecedor de aplausos; quem a conhece pessoalmente sabe da sua fidalguia no trato com as pessoas, suas preocupações profissionais e a imparcialidade com que presta a jurisdição. Bem diferente de uns e outros, cegos pela ideologia ou muito amigo dos amigos.
E o pior: em favor do Moro ninguém de nenhum Tribunal ou Tribunal Superior desfraldou bandeira para dizer que as ofensas e ameaças que lhe são dirigidas ferem de morte o prestígio e a respeitabilidade do Poder Judiciário. De outro prisma, no episódio infantil dito pelo filho do candidato Bolsonaro, parodiando uma frase histórica de Jânio Quadros, de que dois ou três soldados seriam suficientes para fechar o Supremo Tribunal Federal, o seu atual Presidente, o itinerante Ministro Toffoli, parece até que vestiu o fardão de Imperador, subiu no cavalo, desembainhou a espada que estava na cintura e desenhou a lapidar frase: “Ofender a Suprema Corte é um atentado contra a democracia!” Quanta arrogância por um fato tão vulgar.
E quando o Lula chamou todos os Ministros da Corte de “medrosos” e “covardes”? Não houve também um “atentado” contra a democracia? E não é só o mentecapto da Jararaca que tripudia o Império da Lei, a Gleisi tem repetido publicamente que se o “Bolsonaro ganhar ele não assumirá.”
E a Benedita que propaga uma revolução fratricida e sangrenta no país? Não são frases que atentam contra a democracia e indiretamente contra a Suprema Corte? Pois sem democracia nem um dos Poderes da República permanecerá em pé. E fica por isto mesmo? O dito pelo não dito? E a isonomia entre os cidadãos não deve merecer igual tratamento e manifestação? Por quê uns podem denegrir o Poder Judiciário e outros não? Se já não bastassem algumas decisões folclóricas, outras tendenciosas e muitas outras contrariando texto legal e decisões do próprio Colegiado surgem agora no período eleitoral, manifestações jocosas e inoportunas de alguns membros daquela Corte Superior.
Quem não se dá o respeito quando veste a Toga está sujeito a ser afrontado pelo povo em qualquer lugar público onde possa frequentar. E o Poder Judiciário é muito mais soberano e intocável do que imaginam alguns de seus rotos integrantes...
“Chega de mentiras. Todos os Magistrados tem que primar por comportamento decente, independente e obediente à Lei. Quando isto prevalecer, nunca existirá ameaças ao STF e nem contra a Democracia!”
Edson Vidal Pinto