Edson Vidal

A Euforia Que Murchou!

Viva! Viva! Viva! Nasceu a República no Brasil! A monarquia deu o seu último suspiro e o marechal  Deodoro da Fonseca tendo ao seu lado o Exército brasileiro proclamou a República, que segundo as más línguas da História, motivado pelo fato do Imperador ter negado aumento de soldo aos militares. Viés de um acontecimento contado sob vários enredos.

E o lema da nova ordem é o “Governo do povo, para o povo”. Em poucos meses Deodoro foi afastado pelo marechal Floriano Peixoto e a nova fórmula de governo foi preservada até os nossos dias, com períodos de exceção intercalados por motivações políticas e ideológicas sem maiores deslustres. O Brasil permaneceu em pé e para os brasileiros.

É a melhor forma de governo apesar dos políticos e homens públicos deixarem a desejar. Ela só não é enaltecida presentemente pelo povo, pela crise moral que o país enfrenta, com governantes gananciosos e corruptos protegidos por juízes levianos.

Esta é a triste realidade, querer desmentir é o mesmo que tentar tapar o sol com uma peneira. E dentre a escória de dirigentes que tiveram o leme do governo nas mãos se escancara a figura sombria do mais populista de todos eles: o Lula da Silva. Ninguém enganou tanto e nem roubou a esperança do povo, quanto ele.

Criador do culto da personalidade angariou milhões de seguidores, como fez um dia Stálin na Revolução Bolchevista, ídolos de barro porquê escudados em ideologia dominadora. Lula, um sindicalista analfabeto e de fala afiada, sem freios e inibições, empolgou plateias e hipnotizou incautos. Sua eleição é devida ao apoio nos bastidores de camaleônico Fernando Henrique, o ideólogo e criador de seu sucessor.

Este um homem de mil faces, que como sindicalista sobreviveu ileso no período da Intervenção Militar sem arranhões e nem precisar assaltar bancos e sequestrar embaixador, muito menos se sujeitou lutar miseravelmente como guerrilheiro no Araguaia.

Com as costas largas passou pela tempestade sem precisar fugir para as catacumbas de Paris. Chegou ungido ao Poder, prestigiado por banqueiros, empresários e a Imprensa. Conquistou um exército de militantes, enquanto o povo ordeiro e trabalhador ficaram olhando, mas se perdeu inebriado pelo Poder e na certeza que a Lei nunca o alcançaria. Elegeu como sucessora uma mulher vazia e subjugada, que, pois tudo a perder.

Acuado pelo Ministério Público Federal protagonizou cenas tragicômicas, primeiro jurando de pés juntos que não sabia como tinha tanto dinheiro e nem quanto ganhava por mês; e depois, envolto no dinheiro sujo, Lula escafedeu-se na mentira.

A sua queda foi inevitável e acabou preso. Ato que jamais pensou um dia que pudesse acontecer. E agora, até o acampamento dos resistentes  que sonharam em tirar o Molusco da prisão foi desmontado por falta de gente. Voltou a reinar a paz no bairro da Santa Cândida.

O “Bom dia Presidente!” e o “Boa noite Presidente”, não mais serão ouvidos e nem gritados pelos fanáticos militantes dos bons tempos do dinheiro fácil. A República continua em pé, vibrante e esperançosa pela chegada de um novo Presidente; já a perspectiva do socialismo acalentado pelos festeiros corruptos para ser implantado no Brasil, está disperso, de pires nas mãos, porque o dinheiro minguou e a euforia murchou...

“Quando a prisão recai na pessoa de um líder,  a República tem um grave problema nas mãos. Todavia se o preso é apenas um pseudo ídolo carcomido pelo descrédito e a corrupção, a gritaria inicial de seus seguidores  é como fogo de palha. Logo cansa e apaga!”
Edson Vidal Pinto

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