Edson Vidal

O Homem que Roubava Processos.

Como é bom e útil  ler livros; não importa o nome dos autores e sim seus conteúdos; sejam de histórias, contos, técnicos, ficção ou de autoajuda. 

E por que o nome do autor não é o mais importante? Porque os críticos literários às vezes não recomendam determinados livros apenas pelo nome de quem os escreveu. Exemplo? O Paulo Coelho. Este é o escritor que mais vende livros no mundo inteiro e os críticos afirmam que seus escritos são primários, medíocres e sem graça. Não penso o mesmo: quem leu “Brida”, “O Alquimista” e tantos outros, deve ter gostado pela simplicidade da leitura e textos muito bem concatenados e criativos. Não é a toa que suas obras estão sempre entre as mais vendidas.

Na literatura gosto não se discute  e nem todo bom escritor é imortal das Academias de Letras, pois para estas mais vale a notoriedade do indivíduo do que sua intelectualidade.

Estou escrevendo no escritório do meu apartamento, sentado na minha cadeira preferida, digitando as letras miúdas do meu celular e olhando os livros da estante. De repente meus olhos se detiveram em um deles - “A Menina que Roubava Livros” - de Markus Zusak, edição do Grupo Editorial Presença e tradução de Manuela Madureira.

Na história a morte narra à trajetória de Liesel Meminger, uma garota que sempre levava consigo um livro e acompanha seus passos entre os anos de 1.939 a 1.943, na Alemanha nazista. Uma leitura de suspense e que merece ser lido. Em 2.013 o seu roteiro foi adaptado para o cinema.

E por que esse título de livro chamou minha atenção? Porque no Facebook está viralizando uma palestra do meninão crescido de nome José Dias Toffoli, atual Presidente do STF, proferida para alunos de uma Faculdade de Direito onde ele com ar de deboche dizem no microfone que um seu colega de escritório (tal de Vladimir), para evitar o despejo de uma área de invasão, roubou do Juízo o referido processo.

E com essa atitude ele conseguiu evitar o cumprimento do ato judicial. Foi quando um incauto da plateia tentou aplaudir a iniciativa do ladrão, sendo impedido pelo orador ao afirmar que os aplausos deveriam ser dirigidos ao seu amigo Vladmir, pois anos depois a área da invasão foi desapropriada e hoje os esbulhadores são seus legítimos proprietários.

É tentar com o fim  justificar os meios ilícitos empregados. Tal como os Lulapetistas, seus amigo de corpo e alma, tentaram fazer para se apoderar em definitivo do Poder - roubar, anarquizar e dividir para poder reinar. A narrativa dirigida à estudantes de um curso de Direito foi inconsequente e uma estultice, por incentivar o desrespeito a uma decisão judicial.

E pensar que esse rapaz togado compõe a Corte Máxima do Judiciário brasileiro. A responsabilidade? Não é apenas do seu padrinho o Lula, pois este o escolheu de acordo com o seu próprio perfil; mas principalmente, o peso maior da responsabilidade recai no grupo de Senadores que deram o aval para a sua nomeação. Fosse aos EEUU nunca um homem como o Toffoli seria nomeado para um cargo vitalício em qualquer Tribunal Federal.

Essa palestra gravada é prova suficiente para o seu Impeachment e consequente perda do cargo que ostenta na República. A esperança é que o Brasil mude o quanto antes e esses personagens de maus exemplos que se aninham como raposas nos Tribunais e afrontam o bom senso dos jurisdicionados, sejam retirados de seus cargos e execrados pela história.

E que o amigo do homem que roubava processo, seja apenas doutor “Honoris Causae” pela mesma Universidade que outorgou igual título acadêmico ao ladrão Lula, que, aliás, nunca leu livro nenhum...

“Tem figuras públicas execráveis. Pela falta de caráter certos homens e mulheres que são agentes políticos do estado, deveriam ser destituídos de seus cargos. E existe remédio legal para isso: basta cumprir o que está escrito na Constituição Federal”.
Edson Vidal Pinto

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