Revista Ações Legais - page 118-119

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FLAGRANTES DO MUNDO JURÍDICO
Por Edson Vidal
Final do Ano
Escrevo sob as luzes multicoloridas do pinheirinho de Natal montado na sala de meu
apartamento; confesso que sou arrebatado pelo espírito festivo das festas de final do
ano. Olho cada bola pendurada na árvore, refletindo o brilho que emana dos peque-
nos focos de Led, também olho as figuras dos anjos e querubins e também dos ursos
brancos com seus cachecóis e gorros, que no conjunto dão o indispensável toque de
harmonia e beleza para os meus olhos.
FLAGRANTES DO MUNDO JURÍDICO
Ela pode ser apenas uma árvore de natal como tantas outras, mas para mim ela é dife-
rente. Tudo porque vejo nela o símbolo que sempre acompanhou minha vida, desde
minha infância na casa de meus pais onde sempre tinha lugar para um Pinheirinho,
tradição cultivada com muito amor pela minha mulher desde que casamos, mesmo
quando morávamos no interior e nossos dois filhos pequenos vivenciam conosco o
símbolo do amor Cristão.
Felizmente esta tradição não morreu no seio das famílias, servindo de lembrança e
amparo de fé por dias melhores. Mais adiante, bem na frente da poltrona onde estou
sentado, enxergo um pequeno presépio, com figuras bíblicas conhecidas da manje-
doura, adorando o Menino Jesus recém-nascido.
E do outro extremo da sala, sobre um armário, como não poderia deixar de ser depa-
ro com um Papai Noel vestido de casaco de pele, tocando violino. Cada uma dessas
figuras deixa no ar a mensagem de que vale a pena viver e compartilhar com familia-
res e amigos os momentos harmoniosos do amor em Cristo.
É este o sentido das festas que se aproximam, quando as pessoas deixam um pouco
de pensar em si, para se confraternizar com o seu próximo. Mas também penso na-
queles que não tem nem um pequeno Pinheirinho, porque não tem casa para morar
e nem família para dividir amor. Não julgo ninguém nessa hora e nem procuro justifi-
car o porquê dessa situação, pois cada pessoa tem caminhos diferentes a percorrer e
nem sempre eles são iguais para todos. E os doentes? Uns esquecidos nos hospitais
de caridade e outros vivenciando doenças invencíveis.
É nessa miscelânea de ocorrências que vivenciamos numa mesma coletividade de
pessoas. E o clima do Natal permite pensar em tudo isso; para não nos esquecermos
de nossas próprias falibilidades e desamor. É sempre bem cairmos na realidade para
aquilatar nossas imperfeições para sermos menos exigentes e mais tolerantes com
aqueles que nos cercam.
A humildade e o calor humano às vezes é o melhor presente que podemos dar, não
custa nada e faz muito bem a alma. É tudo isso que penso quando estou rodeado das
cores do pinheirinho de minha casa. Espero que todos sintam o mesmo, quando esti-
verem vendo seus pinheirinhos ao lado da mulher, filhos, noras e netos. Acreditem: a
sensação de euforia e paz não tem comparação!
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