Revista Ações Legais - page 96-97

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ESPAÇO DAS LETRAS
ESPAÇO DAS LETRAS
MANDELA, MEU
PRISIONEIRO, MEU AMIGO
Barbara Jones e Christo Brand,
Editora Planeta, 304 páginas, R$
49,90
No ano em que Nelson Mandela
completaria 100 anos, a Edito-
ra Planeta lança a nova edição
– revista e ampliada – do livro
Mandela: meu prisioneiro, meu
amigo. Escrita pela jornalista
Barbara Jones, a obra retrata a
improvável amizade entre o jo-
vem carcereiro de 19 anos Chris-
to Brand com o preso político de
60 anos, que se transformaria
no primeiro líder negro da Áfri-
ca do Sul.
Pertencentes a mundos opos-
tos, seus destinos se cruzaram
quando Christo, então recruta
do serviço carcerário da África,
foi enviado para trabalhar na
Ilha Robben, na Cidade do Cabo,
no presídio de segurança máxi-
ma onde ficavam desde terroristas mais perigosos até líderes políticos anti-apar-
theid.
Mandela, o prisioneiro 466/64, era o principal nome neste segundo grupo. Filho
negro de um chefe tribal e criado em uma aldeia, estudou Direito e praticou a ad-
vocacia para dedicar-se à luta contra o sistema racial que perseguia os negros e
afirmava a superioridade dos brancos. O jovem carcereiro e o veterano lutador
pela liberdade – então com 60 anos – tinham tudo para uma convivência lastreada
no ódio, mas, em vez disso, desenvolveram uma amizade extraordinária.
Em Mandela – Meu prisioneiro, meu amigo, Christo Brand conta a história real
deste relacionamento improvável. E, ao rememorar gestos, sorrisos e pequenos
atos de solidariedade, compartilha com os leitores tudo o que de mais comovente
testemunhou em seus anos ao lado de Nelson Mandela, homem cuja vida foi dedi-
cada à liberdade de seu povo.
100 FATOSMARCANTES SOBRE O CIBERCRIME NOMUNDO
Wanderson Castilho, Editora Esplendor, 256 páginas, R$ 30,00
Este é o seu quarto livro sobre a criminalidade no mundo digital. A
obra faz um balanço dos principais crimes cometidos pela internet
entre 1989 e 2017, mostrando técnicas e mecanismos utilizados pelos
criminosos virtuais. Entre alguns dos crimes descritos estão ataques
de hackers, divulgação de fake news, roubo de dados e informações
sigilosas, estelionato e sabotagemde serviços.
Alémde abordar o papel da segurança online nomundo e sua influên-
cia no desenvolvimento das novas tecnologias, o relata que, mesmo
comos avanços dos mecanismos de proteção e privacidade na rede mundial, o público ainda
está muito vulnerável aos ataques dos bandidos virtuais. “Os criminosos ameaçam crianças,
mulheres, instituições financeiras, empresas e agentes públicos. A rigor, todos os usu¬ários da
internet estão sujeitos a estas práticas”, explica.
Uma pesquisa da empresa CyberSecurity Ventures, de 2017, uma das gigantes mundiais da
segurança digital, revela o tamanho desse mercado ao prever que o cibercrime deve trazer
prejuízos aomundo na ordemde US$ 6 trilhões em2021.
FALTADE EDUCAÇÃOGERA CORRUPÇÃO
Janguiê Diniz, Editora Novo Século, 256 páginas, R$ 50,00
Após o auge das manifestações que tomaram o Brasil em meados de
2014, a política nacional entrou em declínio com a instauração de inú-
meras investigações da Polícia Federal, investigações e a prisão de vá-
rios nomes fortes do cenário político. Esse foi o cenário do livro, que
conta com o prefácio assinado pelo jornalista, escritor e membro da
Academia Brasileira de Letras - ABL, Arnaldo Niskier.
A obra traz textos sobre corrupção e suas consequências, para insti-
gar uma reflexão sobre os caminhos que o Brasil vem tomando, com
intuito de promover o desenvolvimento do nosso País. Entre os artigos do livro, também há
discussões sobre política, educação, esportes, meio ambiente, economia e desenvolvimento,
incitama reflexão de diversos problemas pelos quais passamos brasileiros rotineiramente.
A ideia do tema partiu de uma observação pessoal, quando foram trazidas a público a desco-
berta de malas de dinheiro, superfaturamento de obras e desvios de verbas que levaram o
Brasil a enfrentar sua pior crise: uma crise ética.
Um dos alertas que os textos de Janguiê trazem são as consequências da corrupção: o pre-
juízo direto ao desenvolvimento e bem-estar da sociedade; a diminuição dos investimentos
públicos na saúde, na educação, em infraestrutura, segurança, habitação, entre outros direi-
tos essenciais à vida; e o ferimento criminal da Constituição quando se amplia a exclusão e a
desigualdade social.
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