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para que não se transforme na Justiça”, disse o jurista. Para Miguel Reale,
o Judiciário e o Ministério Público também não podem perder de vista as
suas funções. “O juiz tem que evitar falar dos casos que analisa, sob pena
de perder a imparcialidade. OMinistério Público não pode querer fazer jus-
tiça pela imprensa. Ele tem que ser efciente na produção de provas e não
efciente na produção de matérias.”
Ao conceder entrevista aos jornalistas, Miguel Reale Júnior tambémdefen-
deu o Exame de Ordem, considerando-o “absolutamente fundamental”.
“Não existe nenhuma reserva de mercado nisso. Somos 700 mil advogados
e 3 milhões de bacharéis em Direito. O Exame de Ordem examina a habi-
litação profssional para que a população tenha um mínimo de garantias
Encontro fez parte da programação da Semana do Advogado
de que será atendida por uma pessoa com conhecimentos jurídicos. É uma
defesa do consumidor”, afrmou. Para Reale Júnior, o parecer do subprocu-
rador da República pelo fm do exame é contraditório. “É de profunda con-
tradição ao permitir que as próprias escolas criem núcleos de práticas foren-
ses e que a Ordem fscalize esses núcleos. O fm do Exame de Ordem é um
imenso retrocesso e cria uma profunda insegurança na sociedade”, disse.
A programação da Semana do Advogado encerrou-se com palestra do ad-
vogado e presidente do Instituto dos Advogados do Paraná, Carlos Eduardo
Manfredini, que falou para uma público composto por advogados de dife-
rentes gerações sobre os desafos da nova advocacia. Antes, os presentes
assistiram as seguintes palestras sobre temas que representam novas áreas
de atuação da advocacia: “Mediação e arbitrabem”, com o advogado e vice-
-presidente da comissão de Mediação e Arbitragem da Seccional, Rodrigo
Cesar Nasser Vidal; “Direito Desportivo”, com o advogado Domingos Moro
e “Direito Ambiental”, com Samanta Pineda.
Reale Júnior falou sobre liberdade de expressão