Sociedades de advogados
Um dos painéis especiais da XXI Conferência Nacional dos Advogados le-
vantou os aspectos que permeiam a nova realidade da sociedade de advo-
gados. Foram abordadas as formas de sociedades existentes, bem como o
impacto que causam na atividade profssional. Um dos temas em debate
foi o novo instituto da sociedade individual de responsabilidade limitada.
O conselheiro federal Luiz Carlos Levenzon anunciou a proposta do Conse-
lho Federal para criação do instituto do advogado profssional individual,
com os mesmos benefícios da sociedade de advogados. A proposta possui
parecer favorável da procuradoria da República. Para ser implementada, é
necessária a aprovação da presidente da República, pois neste caso a alte-
ração na lei pode ser realizada por decreto. Com essa medida muitos advo-
gados seriam benefciados.
José Murilo de Carvalho falou sobre a qualidade e carência de profssionais
para a advocacia privada, por falha da educação jurídica atual. Segundo ele,
há uma valorização excessiva nos bancos das universidades pelo docente
com títulos. Não há preocupação em relação à experiência prática destes
profssionais. Procópio de Carvalho defendeu maior valorização da carreira
de advogado.
Conselheiro federal Luiz Carlos Levenzon e José Murilo de Carvalho commais debatedores
Valorização profissional
O coordenador do Colégio de Presidentes das Seccionais da OAB, Omar
Coelho, durante a realização da XXI Conferência Nacional dos Advogados,
enfatizou a necessidade da
valorização profssional,
bem como os valores éticos
da classe, como questões
relevantes para o exercí-
cio da advocacia. “Os ad-
vogados sempre atuarão
de forma fundamental no
auxilio e na manutenção
dos valores democráticos,
bem como na defesa das
garantias fundamentais e
do cidadão”, afrmou. So-
bre a educação brasileira e
sua carência, afrmou que
ela prejudica o desenvol-
vimento do país, que des-
ta forma não consegue al-
cançar novos patamares.
“Um país esclarecido é um
país que luta e combate a
corrupção, sendo este um
dos fatores que impedem
o progresso do país como
um todo”, disse. Em rela-
ção à atuação do Conselho
Nacional de Justiça, escla-
receu que a Ordem defende o controle externo do poder judiciário, já que
é visível a necessidade de deixar mais transparentes os processos relativos
aos magistrados, diminuindo assim a sensação de corporativismo.
Coordenador do Colégio de Presidentes das Seccio-
nais da OAB, Omar Coelho